Bras�lia, 20 - A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, apresentou as alega��es finais de sua defesa em a��o penal que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Gleisi � r� pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro, em processo junto do ex-ministro Paulo Bernardo (PT), seu marido, tamb�m r�u na a��o. A senadora nega que tenha cometido os delitos e pede absolvi��o alegando inexist�ncia de elementos ou provas conclusivas contra ela.
A acusa��o contra Gleisi � baseada nas dela��es premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, feitas no �mbito da Opera��o Lava Jato. Segundo eles, em 2010, R$ 1 milh�o do esquema de propinas da Petrobras foi destinado � campanha eleitoral da petista ao Senado. O ex-deputado Pedro Corr�a (ex-PP) tamb�m corrobora, em dela��o, com os depoimentos do doleiro e do ex-diretor.
Segundo a defesa da senadora, os relatos dos delatores s�o contradit�rios e a pr�pria documenta��o entregue por eles inviabiliza as teses levantadas. No documento, os advogados afirmam que, j� no recebimento da den�ncia, feita pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF), a Segunda Turma do STF tinha identificado falhas nas dela��es premiadas que embasaram a acusa��o.
A defesa tamb�m alega que o suposto pagamento feito por Paulo Roberto Costa e Youssef n�o tinham motiva��o para ocorrer, uma vez que, em 2010, "a senadora Gleisi Hoffmann n�o ocupava nenhum cargo p�blico e tampouco gozava da 'proemin�ncia' que lhe � atribu�da, pois vinha de um hiato de anos na pol�tica".
A "arrecada��o superavit�ria" da campanha de Gleisi para o pleito tamb�m � citada pela defesa como sinaliza��o de que a senadora n�o tinha necessidade de adotar "m�todos escusos de angaria��o de contribui��es". Os advogados completam dizendo que as contas da campanha foram aprovadas pela corte eleitoral.
A defesa de Paulo Bernardo tamb�m protocolou nesta ter�a-feira, 19, as alega��es finais, negando os crimes e pedindo pela absolvi��o.
Procuradoria
Em novembro, a PGR apresentou as alega��es finais de acusa��o contra Gleisi. Na manifesta��o, a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, pedia a condena��o da senadora e do ex-ministro Paulo Bernardo.
"Alberto Youssef, de posse dos valores originados de contratos dissimulados firmados entre suas empresas e as construtoras participantes do esquema, efetivou pagamentos il�citos, no caso em esp�cie, aos destinat�rios finais, inclusive a Gleisi Hoffmann", afirma Raquel.
A PGR defendeu ainda que as penas para Gleisi e Paulo Bernardo sejam agravadas devido a longa experi�ncia de ambos como pol�ticos.
"Mais que corrup��o de um mero agente p�blico, houve corrup��o em s�rie, de titulares de cargos dos mais relevantes da Rep�blica, cuja responsabilidade faz agravar sua culpa na mesma propor��o", diz trecho da manifesta��o.
(Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura)
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Gleisi apresenta alega��es finais em a��o penal no Supremo
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