(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Aliados em 2008, Pimentel, A�cio e Lacerda devem se enfrentar em 2018

Pol�ticos podem se encontrar novamente, desta vez como advers�rios, na disputa para o governo de Minas


postado em 25/12/2017 07:00 / atualizado em 25/12/2017 07:52

Aécio, Lacerda e Pimentel comemoram a vitória na eleição para prefeito de BH em 2008. A harmonia entre os três não duraria muito(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press 26/10/2008 )
A�cio, Lacerda e Pimentel comemoram a vit�ria na elei��o para prefeito de BH em 2008. A harmonia entre os tr�s n�o duraria muito (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press 26/10/2008 )

A elei��o para governador de Minas no ano que vem pode levar ao confronto tr�s personagens da pol�tica mineira que em 2008 estavam de m�os dadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. H� exatamente 10 anos, A�cio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) deixaram diferen�as partid�rias de lado e trabalharam juntos pela candidatura de Marcio Lacerda (PSB), que acabou se elegendo prefeito da capital. Agora, existe a possibilidade de que os tr�s sejam advers�rios no primeiro turno da elei��o de 2018. Pimentel tentar� a reelei��o, Lacerda j� se lan�ou como pr�-candidato e A�cio tem dito que vai ainda escolher se disputa o Pal�cio da Liberdade ou tenta a reelei��o ao Senado.

O clima de hostilidades entre os antigos aliados de 2008 se agravou durante as elei��es de 2016, quando A�cio e Lacerda romperam definitivamente e apoiaram candidatos diferentes para a disputa na Prefeitura de Belo Horizonte. Enquanto Lacerda tentou eleger seu vice, D�lio Malheiros (PSD), A�cio esteve ao lado de Jo�o Leite (PSDB). Ambos foram derrotados por Alexandre Kalil (PHS). Durante a campanha, a falta de apoio dos tucanos para um candidato de continuidade da prefeitura fez com que Lacerda considerasse dif�cil uma nova alian�a com o ex-apoiador A�cio, que na �poca era cotado para a disputa presidencial de 2018.

Neste ano, j� como pr�-candidato, o ex-prefeito tem feito duras cr�ticas ao ex-padrinho e atual governador Fernando Pimentel (PT). Os dois foram vizinhos de cela quando foram presos durante a ditadura militar e desde ent�o mantiveram contato pr�ximo, sendo o petista um dos principais fiadores do lan�amento de Lacerda, h� 10 anos. Agora como poss�veis rivais, em entrevista ao Estado de Minas na semana passada, Lacerda afirmou que a atual gest�o de Pimentel n�o tomou medidas para ajustar as contas do estado e implantou uma “pol�tica de aparelhamento na m�quina p�blica estadual”.

Lua de mel desfeita Em 2008, A�cio Neves e Fernando Pimentel surpreenderam o meio pol�tico ao anunciar a dobradinha PT-PSDB para apoiar Marcio Lacerda � prefeitura. Apesar de a executiva nacional do PT ter se posicionado contra a coliga��o com os tucanos, Pimentel sustentou o acordo com A�cio e esteve ao lado de Lacerda na campanha. A chapa teve Roberto Carvalho (PT) como vice-prefeito. Chamada de “Alian�a”, venceu no segundo turno o candidato do PMDB, deputado Leonardo Quint�o.

A parceria funcionou entre 2009 e 2012, com PT e PSDB integrando os principais quadros da PBH. Mas meses antes da elei��o de 2012, quando Lacerda tentou se reeleger, a lua de mel entre os tr�s pol�ticos acabou. “No primeiro mandato, a participa��o dos dois partidos funcionou bem. N�o continuou porque eles se separaram, n�o porque eu me separei deles”, contou Lacerda.

At� junho de 2012, faltando quatro meses para a elei��o, Lacerda teria como vice-prefeito o deputado Miguel Corr�a J�nior (PT). Mas parte da milit�ncia petista se mostrava insatisfeita com a alian�a com os tucanos e durante reuni�o da executiva municipal do PT foi aprovado o rompimento com Lacerda. No lugar, foi indicado para a vaga de vice D�lio Malheiros.

J� a boa rela��o com os tucanos perdurou por mais tempo. Ap�s a sa�da do PT na chapa, Lacerda venceu Patrus Ananias na elei��o de 2012, e passou a dar mais espa�o �s indica��es do PSDB na prefeitura. A chegada de um novo per�odo eleitoral em 2016 fez com que a amizade estremecesse entre A�cio e Lacerda.

Os tucanos apresentaram o nome do deputado Jo�o Leite (PSDB) para suceder ao prefeito, mas Lacerda n�o gostou da indica��o e resolveu lan�ar um candidato pr�prio para a disputa. Inicialmente, o nome escolhido foi o do economista Paulo Brant, que depois foi substitu�do por D�lio Malheiros como indica��o para representar a continuidade do trabalho de Lacerda na PBH. O clima amistoso entre os antigos aliados azedou de vez desde ent�o.

Troca de afagos h� 10 anos

Frases de Pimentel, A�cio e Lacerda na campanha de 2008

Pimentel

“O Marcio foi preso pol�tico junto comigo. Ficamos no mesmo pres�dio por um ano e meio.”

“Tem a minha confian�a integral por tudo que j� vivemos.”

“A�cio e eu acreditamos que governo � para resolver problemas, por isso estamos trabalhando juntos h� seis anos.”

“Escolhemos o Marcio porque confiamos nele.”

A�cio

“Conheci o Marcio quando ele trabalhou no governo do presidente Lula. Desde o in�cio, Marcio demonstrou uma grande capacidade de interlocu��o e para construir parcerias.”

“Voc� deve estar se perguntando por que um governador do PSDB e um prefeito do PT est�o juntos apoiando o mesmo candidato a prefeito, o Marcio Lacerda. O que eles t�m em comum? (…) “Se os problemas n�o t�m partido pol�tico, as solu��es tamb�m n�o podem ter. Parceria, alian�a � isso.”

“Vejo no Marcio as melhores condi��es para fazer hist�ria na cidade.”

Lacerda

“Tive a feliz oportunidade de fazer parte e conhecer o funcionamento do governo de Minas com o A�cio!”

“Orgulho-me muito de ter a confian�a do prefeito Fernando Pimentel e do governador A�cio Neves. Eles t�m feito um trabalho que admiro e que precisa ser preservado.”

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)