Ap�s repercuss�o, FHC reitera Alckmin como candidato do PSDB � Presid�ncia

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reiterou na manh� desta quarta-feira, 13, por meio de nota, que "nada h� mais distante de sua a��o e de seu pensamento do que enfraquecer a candidatura presidencial do PSDB" neste ano. A posi��o do ex-presidente acontece ap�s a repercuss�o negativa dentro do ninho tucano da entrevista concedida ao jornal

O Estado de S. Paulo

por FHC, publicada na ter�a-feira. O ex-presidente foi enf�tico ao defender o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, mas avaliou ao Estado que, caso ele n�o cumpra essas tarefas, os tucanos podem apoiar outro nome para evitar a fragmenta��o do centro. "Se houver algu�m com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princ�pios pr�ximos aos nossos (do PSDB), tem que apoiar essa pessoa".

Na nota, FHC reafirmou a necessidade de uma candidatura que aglutine o centro pol�tico na elei��o de outubro e diz confiar que o governador paulista possa assumir esse papel. "O apelo que tenho feito visa ampliar o leque de alian�as em torno dessa candidatura", disse o tucano, em refer�ncia a parte da entrevista em que diz da necessidade do candidato provar sua capacidade de unir as for�as pol�ticas de centro.

"Se ainda n�o fui taxativo em explicitar o nome do governador Alckmin, isso se deve exclusivamente ao fato de que o PSDB dever� indic�-lo mais � frente, dentro de calend�rio politico adequado", afirmou. Apesar de ter sido eleito presidente nacional do partido, em dezembro, Alckmin ainda poder� ter de se submeter a pr�vias nacionais antes de ver seu nome confirmado como candidato da sigla � Presid�ncia - o prefeito de Manaus, Arthur Virg�lio, tamb�m se colocou como pr�-candidato.

Nos bastidores do PSDB, tucanos interpretaram as declara��es de FHC como um alerta a Alckmin, que ainda n�o teve um desempenho "convincente" pesquisas de inten��o de voto. Partid�rios de Virg�lio comemoram a entrevista. Para um assessor ouvido pela reportagem, FHC deixa em aberto a disputa interno no partido para ver quem vai ser o candidato tucano.

As declara��es animaram tamb�m pessoas pr�ximas ao prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o c�rculo pol�tico do prefeito avaliou a entrevista como um sinal de que o tucano n�o est� fora do p�reo para a disputa presidencial.

Al�m da disputa interna, o governador ainda v� aumentar a lista de nomes do centro que demonstram disponibilidade em pleitear essa vaga, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). A baixa inten��o de voto no tucano apontada pelas pesquisas oficiais at� agora - os �ndices variam de 9% a 11%, de acordo com o cen�rio -, explicam o cen�rio ainda incerto.

Na entrevista exclusiva concedida ao jornal, FHC diz que "se houver algu�m com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princ�pios pr�ximos aos nossos (do PSDB), tem que apoiar essa pessoa." O ex-presidente ainda cita a elei��o � Prefeitura do Rio, em 2016, como um exemplo a n�o ser seguido. Ao responder se o candidato do centro deve ser do PSDB, disse: "Tem que ter um. Espero que esse (candidato) tenha capacidade de aglutinar. Se houver outro que aglutine, vai fazer o qu�? Veja o que houve no Rio: ficou entre (Marcelo) Crivella (atual prefeito pelo PRB) e (Marcelo) Freixo (deputado estadual pelo PSOL que perdeu para Crivella na disputa municipal).

(Adriana Ferraz e Alberto Bombig)