Bras�lia - Meio s�rio, meio de brincadeira, o presidente Michel Temer reclamou das vers�es pessimistas sobre sua sa�de: "Passei por tr�s cirurgias, tive infec��o no fim do ano e nem pude passar quatro dias na praia, como gostaria, mas estou �timo. Embora toda hora algu�m queira me matar. Uns por vontade mesmo, outros por desinforma��o".
Outro trauma de Temer � ter sido atacado at� por velhos amigos durante as duas den�ncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que poderiam ter lhe custado o mandato. "Eles me conhecem a vida toda, sabem que n�o tenho lanchas, jatos, fazendas, nada disso. E permitem que me chamem de ladr�o? � muito duro conviver com isso."
Ele se defendeu da acusa��o de viver aos solavancos, de recuo em recuo, e se concentrou na not�cia de que o governo mudaria a chamada "regra de ouro", que impede emiss�o de d�vida para arcar com despesas correntes. Diz que foi surpreendido pela not�cia na imprensa, chamou os ministros econ�micos para se informar e mandou suspender o debate: "Todo esfor�o do meu governo � recuperar a economia. Como vou chegar a Davos tendo de explicar que querem flexibilizar justamente as regras de responsabilidade fiscal?"
Seu plano para o �ltimo ano de mandato �, al�m de aprovar a reforma da Previd�ncia, "continuar com as medidas que tomamos para recuperar o Pa�s, n�o s� no Congresso, mas tamb�m por decis�es administrativas". No fim, o sonho de amenizar o "presidencialismo de coaliz�o", que deixa os presidentes ref�ns de partidos e de press�es populistas. A forma ser� um projeto de "semipresidencialismo", mas "isso fica para adiante".
Temer acha que a Lava Jato praticamente esgotou o que tinha de fazer e elogiou a decis�o do diretor da Pol�cia Federal, Fernando Segovia, de concluir at� dezembro investiga��es sobre pol�ticos com foro no Supremo: "Isso � �timo. Tira o peso das pessoas".