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Estado de Minas

Em pr�-campanha � Presid�ncia, Bolsonaro aumenta em 39% gasto com viagens pagas pela C�mara

Dinheiro p�blico � usado para os voos do parlamentar pelo pa�s, saltou de R$ 261 mil para R$ 362 mil


postado em 14/01/2018 07:49 / atualizado em 14/01/2018 09:20

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

 O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) viajou para Campina Grande, segundo maior col�gio eleitoral da Para�ba, para dar palestras, falar com eleitores em pra�as e conceder entrevistas para r�dios locais em 8 de fevereiro do ano passado.

"Hoje estou perdendo a sess�o em Bras�lia. Gostaria de estar l�, mas para quem tem pretens�es outras tem de estar muito bem preparado para aquele momento em 2018. Vale a pena tudo isso a�", afirmou em entrevista � �poca.

A ve�culos de imprensa paraibanos, apresentou a meta de fazer duas viagens para fora da capital federal por m�s: promessa cumprida.

Em campanha aberta para a Presid�ncia da Rep�blica, Bolsonaro aumentou seus gastos com passagens a�reas pagas com dinheiro p�blico da C�mara dos Deputados. Levantamento feito pelo Estad�o/Broadcast mostra que, nesta legislatura (entre 2015 e 2017), o deputado fluminense gastou 39% mais com passagens custeadas pela C�mara do que no per�odo anterior (de 2011 a 2014): passou de R$ 261 mil para R$ 362 mil.

O parlamentar mudou o perfil de suas viagens nos �ltimos tr�s anos, quando come�ou a ganhar for�a sua inten��o de disputar o Pal�cio do Planalto ap�s se reeleger, em 2014, como o deputado mais votado (464.572 votos) no Rio. Ele passou a visitar mais cidades de todas as regi�es do Pa�s, fora do eixo Bras�lia-Rio, onde trabalha e mora.

Os deslocamentos para outros Estados saltaram de 23 para 83 - 2,3 por m�s. Foram considerados apenas os bilhetes em que Bolsonaro � o passageiro e pagos por meio da cota parlamentar. A um ano para o fim da atual legislatura, ele j� se deslocou 351 vezes, ante 404 dos quatro anos anteriores.

Em Campina Grande, uma das poucas cidades onde o PT perdeu as elei��es presidenciais no Nordeste, Bolsonaro pagou, com dinheiro da C�mara, R$ 1.013,69 em bilhetes a�reos. Seu gabinete emitiu as passagens no dia 20 de janeiro do ano passado.

Hoje, o deputado fluminense � o segundo mais bem colocado nas pesquisas de inten��o de voto, atr�s do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

'Mito'

Bolsonaro costuma ser recebido por apoiadores aos gritos de "mito" nos aeroportos, circula em locais p�blicos, d� entrevistas e faz palestras relacionadas � seguran�a p�blica.

Em julho de 2017, o deputado seguiu esse roteiro. Foi recepcionado por simpatizantes no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde falou em "libertar o Pa�s" com a "verdade". "Longe aqui de estar fazendo campanha pol�tica, muito longe disso, mas cada um de n�s tem a liberdade de ter o direito de buscar o que � melhor para o Pa�s.

Aqui n�o tem mais um capit�o do Ex�rcito, tem um soldado do Brasil � disposi��o para ir �s �ltimas consequ�ncias para retirar aquela podrid�o que est� em Bras�lia", esbravejou. Entre junho e julho, o gabinete comprou quatro passagens para Porto Alegre ao custo de R$ 4.456,60.

A �rea externa do gabinete do deputado em Bras�lia estampa uma montagem de fotos em que ele aparece nos bra�os de seus apoiadores. Procurado, o deputado n�o foi localizado. No informativo em que presta contas do mandato, ele justifica suas viagens como uma troca de experi�ncias sobre a administra��o p�blica.

Eleito pelo Rio, Bolsonaro tem direito a R$ 35.759,97 mensais por meio da cota parlamentar. Entre 2015 e 2017, ele gastou R$ 967 mil dos R$ 1,3 milh�o que tinha direito. De acordo com normas internas da C�mara dos Deputados, "n�o ser�o permitidos gastos de car�ter eleitoral".

 Troca de experi�ncias


Em panfletos para prestar contas do mandato, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) justifica suas viagens como uma troca de experi�ncias sobre a administra��o p�blica. "Minhas viagens, em conson�ncia com a abrang�ncia nacional de meu mandato, visam a obter e transmitir conhecimentos e experi�ncias."

O chefe de gabinete, Jorge Francisco, afirmou que a estrutura do Parlamento n�o se confunde com as atividades de pr�-campanha. Ele disse tamb�m que o deputado viaja a convite para falar sobre seguran�a.


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