Haddad nega envolvimento em irregularidades na campanha de 2012

S�o Paulo, 15 - O ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad (PT) se manifestou nesta segunda-feira, 15, sobre o seu indiciamento pela Pol�cia Federal, pelo suposto crime de falsidade ideol�gica. Por meio de sua assessoria, Haddad negou enfaticamente envolvimento em irregularidades na campanha de 2012.

"N�o h� o m�nimo ind�cio de qualquer participa��o de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declara��es j� foram colocadas sob suspeita em outros casos. O uso descuidado do indiciamento sem elementos concretos de prova banaliza o instituto que deveria ser reservado para situa��es em que ao menos haja indicio de envolvimento de algu�m em atos il�citos", diz o texto.

"O delegado desconsiderou o depoimento do dono da gr�fica, o empres�rio Francisco Carlos de Souza que negou ter recebido recursos da UTC para quitar divida de campanha do ex-prefeito Fernando Haddad.

O delegado tamb�m desconsiderou as provas apresentadas que atestam a suspens�o da �nica obra da UTC na cidade, o t�nel da avenida Roberto Marinho, em fevereiro de 2013, data anterior portanto ao suposto pagamento. Da mesma forma que outras a��es do delegado Jo�o Luiz de Moraes Rosa foram bloqueadas pela Justi�a, temos a confian�a que est� ter� o mesmo destino."

O caso

A Pol�cia Federal indiciou Haddad por falsidade ideol�gica. Tamb�m foram indiciados o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto e mais cinco investigados. A Vaccari foram impostos os crimes de falsidade ideol�gica e lavagem de dinheiro. A PF atribuiu a quatro alvos lavagem de dinheiro e associa��o criminosa.

Em junho do ano passado, a campanha de Haddad foi alvo da Opera��o Cifra Oculta, desdobramento da Lava Jato. Na ocasi�o, os investigadores pediram a condu��o coercitiva de Haddad, mas a Justi�a negou.

O ex-tesoureiro do PT est� preso desde abril de 2015 e condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o, a Corte de apela��o da Lava Jato. O relat�rio de indiciamento de Haddad, Vaccari e outros investigados foi enviado na semana passada � Justi�a Eleitoral.

(J�lia Affonso)