A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato pediu, em alega��es finais ao juiz federal S�rgio Moro, que o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine seja condenado por corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa.
No documento, o Minist�rio P�blico Federal tamb�m requer a condena��o de Andr� Gustavo Vieira da Silva, apontado como operador de repasse de R$ 3 milh�es da Odebrecht a Bendine, e do executivos da empreiteira, Fernando Reis, Marcelo Odebrecht e �lvaro Novis.
Os procuradores ainda solicitam a absolvi��o de Antonio Carlos Vieira da Silva, irm�o do suposto operador de Bendine.
Aldemir Bendine foi preso no dia 27 de julho, alvo da Opera��o Cobra, 42ª fase da Opera��o Lava-Jato, e foi denunciado por supostas propinas de R$ 3 milh�es da Odebrecht.
De acordo com os delatores da empreiteira, inicialmente, enquanto presidente do Banco do Brasil, Bendine exigiu R$ 17 milh�es correspondentes a 1% do valor de uma d�vida que teria sido renegociada na Institui��o financeira. No entanto, teria recebido, segundo o MPF, R$ 3 milh�es, quando j� estava � frente da Petrobras.
Ao ex-presidente da Petrobras, foram imputados dois crimes de corrup��o passiva, tr�s de lavagem de dinheiro e dois de organiza��o criminosa, nas alega��es finais Lava-Jato.
A for�a-tarefa ainda requer dos acusados multa de R$ 3 milh�es com juros e corre��o monet�ria.
Por ser, aos olhos dos procuradores, "o respons�vel pelas tratativas de Andr� Gustavo com Marcelo Odebrecht e Fernando Reis para solicita��o de propinas, tendo delegado �quele, que atuava como seu operador financeiro, as negocia��es quanto ao recebimento das vantagens indevidas", Bendine deve ter sua pena agravada.
J� a Andr� Gustavo Vieira da Silva, que admitiu ter recebido propinas de R$ 3 milh�es em nome do ex-presidente da Petrobras, a Lava-Jato pede "aplica��o da causa de diminui��o de pena prevista no artigo 14 da Lei nº 9.807/1999 - de prote��o especial a v�timas e testemunhas -, no patamar m�nimo de 1/3 (um ter�o)".
Sobre o irm�o do operador, Antonio Carlos, a Lava-Jato ressalta o fato de que testemunhas do departamento de propinas da Odebrecht afirmaram sequer conhec�-lo. Ele � mencionado na a��o por ser dono da empresa Circus Turismo, contratada por Bendine para realizar uma viagem a Nova York.
Ao confessar crimes, Andr� Gustavo afirmou que ele teria bancado custos da viagem emprestando dinheiro vivo a Bendine, o que n�o foi negado pelo ex-presidente da Petrobras.
Antonio Carlos tamb�m aparece na a��o por emprestar um apartamento para seu irm�o, em S�o Paulo, aonde um motorista de confian�a de Andr� teria deixado o dinheiro da Odebrecht.
"Em que pese haver os indicativos de que Ant�nio Carlos teria concorrido para o repasse de propina a Aldemir Bendine, cedendo o im�vel do qual era locat�rio e mediante contatos com empresa de turismo para contrata��o de hospedagem a Aldemir Bendine, que, frise-se, foi paga com dinheiro proveniente da conduta criminosa, n�o existem outras provas que reforcem ou evidenciem a efetiva participa��o de Ant�nio Carlos no esquema delitivo do ent�o presidente da PETROBRAS e de seu operador financeiro", diz a for�a-tarefa.
Defesa
A reportagem entrou em contato com a defesa de Aldemir Bendine, mas ainda n�o obteve retorno.