Bras�lia, 05 - O senador A�cio Neves (PSDB-MG) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais prazo para apresentar sua resposta em inqu�rito que o investiga pelos supostos crimes de corrup��o passiva e obstru��o de Justi�a, instaurado em maio de 2017, com base na dela��o da JBS.
O pedido foi feito ao ministro Marco Aur�lio de Mello, relator do inqu�rito na Corte. "A�cio Neves da Cunha, por seus advogados, nos autos do Inqu�rito supramencionado, respeitosamente vem � presen�a de Vossa Excel�ncia requerer a concess�o de prazo em dobro para apresenta��o de Resposta, nos termos do art. 229 do CPC c.c. o art. 3� do CPP", pede a defesa.
No inqu�rito, ainda s�o investigados Andrea Neves da Cunha, irm� de A�cio, Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador, conhecido como Fred, e Mendherson Souza Lima, que � ex-assessor parlamentar do senador Zez� Perrella (MDB-MG). Segundo a defesa, a concess�o do prazo em dobro � necess�ria porque trata-se de um caso com quatro investigados, representados por procuradores distintos. Os advogados do tucano ainda pedem que, se assim n�o for entendido pelo ministro, que seja o prazo estendido ao menos at� 15 de fevereiro, quando vence o prazo para Andrea responder � Justi�a.
"Tampouco h� que se falar em preju�zo ao processo, considerando que a an�lise das Respostas ser� feita por Vossa Excel�ncia na mesma oportunidade, ap�s sua apresenta��o por todos os acusados", alega a defesa.
No ano passado, A�cio j� buscou suspender o prazo para apresenta��o de resposta � den�ncia oferecida no inqu�rito pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), o que foi negado por Marco Aur�lio em dezembro. A PGR acusa o senador, Andrea, Frederico e Mendherson da pr�tica do crime de corrup��o passiva, e o parlamentar tamb�m de tentar embara�ar investiga��o de infra��o penal que envolva organiza��o criminosa.
Suspeita
Entre as acusa��es que pesam sobre A�cio, est� a grava��o na qual o tucano pede R$ 2 milh�es ao empres�rio Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empres�rio sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
A irm� de A�cio teria feito o primeiro contato com o empres�rio. O tucano indicou seu primo para receber o dinheiro, que foi entregue pelo diretor de Rela��es Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma, segundo o Minist�rio P�blico.
(Amanda Pupo e Rafael Moraes Moura)