Bras�lia, 05 - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira, 5, que o Pal�cio do Planalto espera uma decis�o r�pida do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Minist�rio do Trabalho. Ao ser questionado se n�o seria mais f�cil o PTB indicar outro nome para evitar mais constrangimentos ao governo, Padilha n�o quis esticar o assunto. "Essa � uma quest�o que depende do PTB", disse ele.
Na edi��o do �ltimo s�bado, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a deputada est� sendo investigada em um inqu�rito, acusada de associa��o com o tr�fico de drogas. A Pol�cia Civil do Rio come�ou a apurar o caso em 2010. � �poca, Cristiane era vereadora licenciada e comandava a Secretaria Especial de Envelhecimento Saud�vel da Prefeitura do Rio. Ela n�o se candidatou, mas apoiou o deputado estadual Marcus Vin�cius, tamb�m do PTB. Em troca do "direito exclusivo" de fazer campanha em Cavalcanti, na zona norte do Rio, assessores de Cristiane teriam dado dinheiro a traficantes.
Cristiane afirmou em nota estranhar que o envio do inqu�rito, no qual diz n�o ter sido ouvida, tenha sido feito justamente agora que ela foi nomeada para assumir o Minist�rio do Trabalho. A deputada negou com veem�ncia ter qualquer liga��o com criminosos e disse estar sendo alvo de uma campanha difamat�ria que busca impedir sua posse.
Filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson, Cristiane foi nomeada para comandar a pasta em 4 de janeiro, mas n�o consegue assumir o cargo. A Justi�a Federal do Rio suspendeu a posse por considerar que ela feriu o princ�pio da moralidade administrativa, j� que havia sido condenada anteriormente por d�vidas trabalhistas. O vice-presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Humberto Martins, acabou autorizando, depois, que ela assumisse a pasta, mas a presidente do Supremo Tribunal Federal, C�rmen L�cia, impediu novamente a posse, por liminar.
"Essa � uma quest�o que a presidente C�rmen L�cia tem que definir. Queremos saber se ela vai confirmar sua decis�o, rever ou levar para plen�rio", disse Padilha. "Gostar�amos que isso acontecesse com a maior brevidade poss�vel, seja para manter ou afastar a proibi��o."
Padilha argumentou que o governo insiste em manter a nomea��o de Cristiane Brasil porque n�o quer abrir precedentes. "Se n�o fizermos isso, qualquer nomea��o de ministro poder� vir a ser contestada", afirmou o chefe da Casa Civil. "A decis�o de nomear ministro � pol�tica e privativa do presidente da Rep�blica. Vamos insistir nessa quest�o para que n�o se tenha confus�o entre o que � pol�tico e o que � jur�dico."
(Vera Rosa)