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Estado de Minas

H� uma crise de desconfian�a na PF, diz delegado sobre Segovia

O diretor-geral da Pol�cia Federal, Fernando Seovia, se encontra na segunda-feira, 19, com o ministro Luis Roberto Barroso


postado em 15/02/2018 11:00 / atualizado em 15/02/2018 11:49

Diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia(foto: Carlos Moura/SCO/STF )
Diretor-geral da Pol�cia Federal, Fernando Segovia (foto: Carlos Moura/SCO/STF )

Bras�lia - O presidente da Associa��o Nacional dos Delegados de Pol�cia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, afirmou que h� uma crise de desconfian�a dentro da Pol�cia Federal e que isso n�o se resolve apenas com palavras. A afirma��o ao se refere � reuni�o ocorrida nesta quarta-feira, 14, entre o diretor da PF Fernando Segovia e representantes dos delegados, entre eles Paiva.

No encontro, Segovia disse estar arrependido sobre sua fala a respeito do inqu�rito dos Portos e prometeu que n�o h� nem nunca haver� interfer�ncia sobre o trabalho de delegados da corpora��o. O diretor da PF tamb�m afirmou que ir� evitar conceder novas entrevistas e abordar temas relacionados a investiga��es em andamento.

A fala de Segovia foi interpretada como uma mea-culpa, mas ainda n�o serviu para acabar com a crise iniciada com a entrevista divulgada na �ltima sexta-feira, 9. Em entrevista � ag�ncia Reuters, Segovia afirmou que provas contra o presidente Michel Temer na investiga��o sobre o decreto dos Portos s�o fr�geis e indicou que o inqu�rito deveria ser arquivado.

Para Paiva, o estrago pelas afirma��o j� foi feito, o desgaste continua e que apenas palavras como as ditas na reuni�o n�o resolvem a crise de desconfian�a instalada dentro da corpora��o.

Na quarta-feira, os delegados do Grupo de Inqu�ritos perante o Supremo Tribunal Federal, o GINQ, enviaram um memorando ao diretor de Combate ao Crime Organizado, Eug�nio Ricas, no qual afirmam que n�o aceitar�o qualquer tipo de interfer�ncia nas investiga��es e prometem tomar as "medidas cab�veis" caso haja alguma intromiss�o.

O delegado Cleyber Malta, respons�vel pelo inqu�rito dos Portos, faz parte desse grupo. Para o presidente da ADPF, o memorando � um recado claro da crise de desconfian�a que existe na PF e demonstra que se houver algum tipo de interfer�ncia os delegados v�o agir.

"Essas coisas n�o se resolvem com uma palavra. Estamos acompanhando os desdobramentos no Judici�rio e, principalmente, vendo se algum colega reclama de algo concreto", afirmou o presidente da ADPF.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que as associa��es de classe da PF, entre elas a dos delegados, aguardam o desenrolar da situa��o de Segovia no STF e da Procuradoria-geral da Rep�blica.

O diretor-geral se encontra na segunda-feira, 19, com o ministro Luis Roberto Barroso para dar explica��es sobre sua entrevista. A expectativa entre os delegados � de que se o ministro der por encerrado o assunto ap�s o encontro, a crise ir� arrefecer e aos poucos a institui��o voltar� a normalidade.

Por outro lado, a situa��o pode se agravar caso a PGR resolve abrir uma investiga��o. No despacho em que cobrou explica��es de Segovia, Barroso tamb�m facultou � PGR a possibilidade de abrir um procedimento caso entendesse ser necess�rio.


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