
O MDB, principal partido da base de apoio ao governador Fernando Pimentel (PT), vai ter candidatura pr�pria ao governo de Minas. A decis�o, ainda informal, foi tomada em reuni�o dos 71 membros do Diret�rio do partido nesta segunda-feira (19), que tamb�m definiu o dia 1º de maio para bater o martelo definitivamente em pr�vias sobre o assunto. Embora o encontro tenha chegado a uma unidade, o apoio ao governo Pimentel ainda divide os dois grupos.
O vice-governador e presidente do MDB mineiro Ant�nio Andrade considerou-se vitorioso, embora a decis�o do diret�rio tenha confirmado o adiamento das pr�vias para maio, como queria a bancada estadual. Andrade havia colocado como data o dia 17 de mar�o. “O que eu queria era que o partido tivesse candidatura pr�pria e ele vai ter. O nome n�o discutimos hoje”, disse.
O adiamento para 1º de maio foi articulado pela ala do MDB que defende a continuidade do partido no campo aliado ao governador Fernando Pimentel. Na pr�tica, � uma forma de isolar o deputado federal Rodrigo Pacheco, pr�-candidato ao governo que tem articulado uma alian�a com o grupo do senador A�cio Neves e do PSDB.
Andrade havia come�ado a reuni�o dizendo que a tentativa da Executivade mudar a data das pr�vias, em reuni�o convocada pela bancada estadual, era um golpe. “Me parecia um golpe mas ficou claro, uma vez que todos queriam candidatura pr�pria, que n�o � golpe de forma nenhuma. Ficou bem claro que o MDB n�o caminha mais com Pimentel. O Pimentel n�o � governador pelo MDB”, disse. Para o vice-governador, o MDB agora est� unido sobre n�o caminhar mais com o PT.
Apoio a Pimentel
O l�der do partido na Assembleia, Tadeu Martins Leite, no entanto, apresentou outra vers�o. Segundo ele, a candidatura pr�pria em nada afeta o apoio do partido ao petista. “Informalmente j� sentimos a vontade interna do partido de ter candidatura pr�pria. Obviamente que o trabalho nosso de constru��o de ajuda ao governo do estado continua da mesma forma. O que estamos discutindo aqui � a elei��o ainda em outubro”, disse.
Segundo parlamentar, o governo passa por um momento complexo de crise e o MDB continuar� dando sustenta��o. Tadeu Leite n�o descartou nem mesmo a possibilidade de os emedebistas se unirem ao PT at� a conven��o de julho. “Isso vai ser discutido na conven��o, o importante � tentarmos construir toda essa discuss�o num campo que sempre participamos”, disse.
Sobre a perman�ncia ou n�o de Rodrigo Pacheco na legenda, Tadeu Leite lembrou que em 1º de maio a janela partid�ria j� estar� fechada. Isso significa que o parlamentar, que � cortejado pelo DEM, precisar� est� no partido pelo qual vai disputar a elei��o. “Ele que tem que dizer se fica ou n�o. Se ficar, poder� colocar seu nome na conven��o para disputar, mas acho importante refor�ar o fato de o MDB ter um candidato com hist�ria dentro do partido”, disse.
Al�m de Rodrigo Pacheco, o partido tem hoje como pr�-candidos o empres�rio Josu� Alencar, o deputado estadual Adalclever Lopes e o deputado federal Leonardo Quint�o.