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Estado de Minas

Temer investe em nova agenda e Bolsonaro reage

Embora negue publicamente, Temer tem demonstrado disposi��o de se candidatar a um novo mandato


postado em 21/02/2018 07:48 / atualizado em 21/02/2018 09:50

Bras�lia e Rio - O presidente Michel Temer pretende lan�ar medidas de apelo popular, a exemplo da interven��o na seguran�a p�blica no Rio. A ideia � passar uma imagem de "governo de resultados", mesmo com a��es antigas, e ter um discurso que v� al�m do que o n�cleo pol�tico do Pal�cio do Planalto chama de "econom�s". Embora negue publicamente, Temer tem demonstrado disposi��o de se candidatar a um novo mandato.

Com a interven��o no Rio, Temer virou o principal alvo de postulantes � sua cadeira. Dono de impopularidade persistente, ele acirrou a temporada de ataques ao anunciar a in�dita medida, al�m da cria��o do Minist�rio da Seguran�a P�blica, tamb�m defendida pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi um dos primeiros a reagir. Em v�deo postado nas redes sociais, o pr�-candidato chamou de "pol�tica" a interven��o e aumentou o tom contra o presidente. Questionado por um interlocutor se Temer estava roubando sua bandeira da seguran�a p�blica, respondeu: "Temer j� roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele n�o vai roubar, n�o". O v�deo foi gravado pelo site Poder 360.

"� uma interven��o pol�tica que ele est� fazendo. Ele agora est� sentado, l� n�o sei onde, tranquilo, deitado. Se der certo, eu vou torcer para que d� certo, gl�ria dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das For�as Armadas." A ordem no Planalto foi n�o responder aos ataques de Bolsonaro.

Estrat�gia


Al�m do aumento, acima da infla��o, nos benef�cios do Bolsa Fam�lia, previsto para ser anunciado at� abril, a equipe de Temer apressa a estrat�gia para mostrar que est� enxugando a m�quina p�blica e as estatais, com planos de demiss�o volunt�ria, apesar das in�meras indica��es pol�ticas e de gastos com im�veis desocupados.

O governo est� fazendo pesquisas semanais para saber quais devem ser as prioridades nos pr�ximos seis meses. Um dos cen�rios avaliados pelo Ibope mostrou que os entrevistados t�m mais preocupa��o com sa�de (41%), combate � corrup��o (16%), desemprego (15%), educa��o (10%) e seguran�a p�blica (7%). Quest�es econ�micas aparecem em �ltimo lugar. Em algumas sondagens, no entanto, a seguran�a lidera a lista de apreens�es dos eleitores.

Por causa da decis�o de convocar as For�as Armadas, a reforma da Previd�ncia foi engavetada no Congresso, pois altera��es na Constitui��o s�o proibidas enquanto durar a medida. Para a oposi��o, a iniciativa tomada no Rio teve car�ter eleitoreiro.

"O governo mostra que est� esperneando, que trocou de agenda saindo da impopular�ssima reforma da Previd�ncia com um factoide de grande como��o no Rio de Janeiro", afirmou o ex-ministro Ciro Gomes, pr�-candidato do PDT ao Planalto, ap�s chamar Temer de "figura enojante".

Sem a Previd�ncia e com uma agenda alternativa de dif�cil entendimento no Congresso, como a proposta que prev� a autonomia do Banco Central, a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), tamb�m foi esvaziada e vem sendo considerada com os dias contados. Nem mesmo o seu partido, que namora Alckmin, quer que ele deixe o cargo at� 7 de abril para disputar a sucess�o de Temer. At� agora, a filia��o do ministro da Fazenda ao MDB n�o saiu do papel.


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