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Estado de Minas

Por mais tempo na TV, pr�-candidatos � presid�ncia correm para fechar alian�as

Com a pulveriza��o de candidaturas e hor�rio eleitoral �nfimo, pr�-candidatos ao Planalto correm para tentar fechar alian�as. MDB tem 1 minuto e 26 segundos e o PT 9 segundos a mais


postado em 25/02/2018 06:00 / atualizado em 25/02/2018 07:27

Em tempos de campanhas sem financiamento privado e na era das fake news, os partidos pol�ticos e os marqueteiros ter�o de se virar para expor, com a maior clareza poss�vel, as ideias de cada um dos candidatos durante o hor�rio eleitoral gratuito. Este ano, eles enfrentar�o um problema ainda maior: com a pulveriza��o das candidaturas, � pouco prov�vel que alguns dos postulantes ao Pal�cio do Planalto tenham tempo de sobra para a propaganda pol�tica, a exemplo das polariza��es ocorridas em anos anteriores, monopolizadas por nomes do PT e do PSDB.

Por isso, o desespero de lado a lado em busca de alian�as que possam viabilizar as campanhas. No lado governista, o presidente Michel Temer tenta, h� um bom tempo, consolidar uma candidatura �nica, de centro, para somar todo o tempo de televis�o dispon�vel entre as legendas da base aliada. A tarefa, contudo, n�o est� f�cil. Para embaralhar ainda mais o processo, interlocutores pr�ximos ao presidente come�aram a apresentar, como bal�o de ensaio, a possibilidade de o pr�prio Temer disputar a reelei��o.

Se dependesse apenas do tempo de televis�o do MDB, Temer teria ao seu dispor 1 minuto e 26 segundos. Mas aposta na capacidade de aglutinar outros apoios com base na caneta presidencial. Se unisse o partido ao PSD, PP, PR, PTB, PRB e DEM, por exemplo, teria um upgrade para 5 minutos e 16 segundos. Dificilmente, contudo, conseguir� agregar o PSDB, praticamente fechado com o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin.

Temer esbarra, contudo, em um problema. Nem mesmo a c�pula do MDB entusiasma-se com a candidatura do presidente. Internamente, o senador Romero Juc� (RR) insiste que o partido ter� candidato pr�prio, mas n�o esconde a simpatia por Alckmin ou em uma filia��o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, hoje no PSD. O comandante da economia nacional, por sua vez, tampouco empolga o pr�prio partido. O ministro das Comunica��es e chefe do PSD, Gilberto Kassab, negocia uma alian�a com Alckmin gra�as � proximidade com o tucanato paulista.

O PSDB tem a oferecer, isoladamente, 1 minuto e 18 segundos para Alckmin. Mas, se agregar PSB, PP, PR, PTB, PSD, chegaria a 5 minutos e 12 segundos. Evidentemente, � o terreno das hip�teses. A parceria com o PSB, por exemplo, est� amea�ada. Ela poderia ser facilitada se os correligion�rios de Alckmin em S�o Paulo mantivessem o acerto e apoiassem o vice-governador do estado, M�rcio Fran�a, como candidato natural da coliga��o local. Mas a tend�ncia � que o PSDB feche com uma chapa puro-sangue encabe�ada pelo atual prefeito Jo�o Doria, atirando Fran�a aos le�es.


Oposi��o

Se a base governista tem dificuldades de unificar o nome, os problemas n�o s�o menores entre os partidos de oposi��o. Em anos anteriores, nesta fase da pr�-campanha, era mais do que natural a aglutina��o de for�as em torno do PT. Mas as d�vidas permanentes sobre at� que ponto o partido conseguir� esticar a pr�-candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva jogam todas as apostas para o ambiente da incerteza. Sozinho, o ex-presidente (ou um eventual nome que o substitua, sendo hoje o mais prov�vel o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad) larga com 1 minuto e 35 segundos no hor�rio eleitoral. Se atrair o PDT, de Ciro Gomes, e o PCdoB, de Manuela D’�vila, subir� para 2 minutos e 25 segundos de exposi��o.

Fen�meno nas pesquisas de inten��o de voto e nas intera��es com f�s e eleitores nas redes sociais, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem, at� o momento, apenas 10 segundos para apresentar as propostas de governo. Bem menos do que o tempo concedido a um dos mais ic�nicos candidatos ao Planalto, Doutor En�as (Prona), que encerrava suas participa��es de 30 segundos na propaganda eleitoral com o bord�o: “Meu nome � En�as”. Bolsonaro aposta no contato direto com o eleitorado em viagens pelo pa�s, nas quais, normalmente, � recebido por uma multid�o de admiradores nos aeroportos e em atos p�blicos.

Politicamente, contudo, ele ainda enfrenta enormes resist�ncias. Anunciou a filia��o ao PSL, mas ainda n�o completou o movimento. Mesmo assim, provocou dispers�o. Um grupo de economistas liberais, que se autointitulam Livres, deixaram o PSL ap�s a confirma��o da entrada do parlamentar fluminense.

Negocia��o para troca de partido


O tempo destinado � propaganda eleitoral � importante, mas a quantidade de aliados a espalhar o nome dos candidatos na corrida eleitoral de outubro tamb�m � essencial. Al�m disso, a elei��o de uma bancada robusta em outubro garantir� aos partidos, a partir de 2019, mais recursos e mais espa�o na televis�o.

Por isso, a preocupa��o dos caciques partid�rios com a janela de troca-troca partid�rio que se abrir� agora em mar�o. A disputa pelos parlamentares �vidos por mais espa�o nos estados contar�, ainda, com um adendo este ano: os R$ 800 milh�es do fundo partid�rio que poder�o se somar aos R$ 1,7 bilh�o do fundo eleitoral.

“Economizei o dinheiro do fundo partid�rio para financiar as candidaturas em outubro”, confirmou � reportagem o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. “Essa � uma quest�o at� legal, mas � ruim para a democracia, porque levanta a quest�o de compra e venda de filia��es”, reconheceu o deputado e tesoureiro nacional do PSDB, S�lvio Torres (SP). Pelos corredores do Congresso, h� informa��es de que existem partidos oferecendo entre R$ 1 milh�o e R$ 2 milh�es para interessados em trocar de legenda.

Caciques do MDB afastam essas den�ncias. Uma rebeli�o por mais recursos para as campanhas estaduais chegou a ser ensaiada, mas o presidente nacional da legenda, Romero Juc�, conseguiu apagar o inc�ndio e foi reconduzido ao posto ap�s reuni�o da Executiva, na quarta-feira. Na C�mara, a avalia��o � de que o partido ganhar� 10 deputados e perder� outros 10. As maiores perdas devem ser na bancada fluminense, que estava “inchada” nos tempos em que o partido tinha o governo do Rio, a prefeitura carioca, a presid�ncia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e a presid�ncia da C�mara. (PTL)

 

 


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