
A oito meses das elei��es, alguns dos principais partidos em Minas Gerais est�o em p� de guerra por causa da escolha das candidaturas ao governo do estado. A divis�o interna marca o cen�rio de articula��o entre que buscam um nome para a sucess�o do governador Fernando Pimentel (PT) e vai provocar trocas de legenda dos pr�-candidatos at� 7 de abril, ou seja, seis meses antes da data das elei��es, prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A indefini��o por conta das diverg�ncias j� fez pelo menos o PSDB e o MDB falarem em pr�vias para definir o quadro e levou a uma conturbada troca de comando no PP, aliado hist�rico dos tucanos no estado.
O grupo ligado aos ex-governadores e senadores A�cio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB, que esteve junto nas �ltimas elei��es em Minas, parece ter implodido, apesar do esfor�o dos principais atores para manter uma articula��o conjunta para retomar o Pal�cio da Liberdade. O PSDB caminha para fazer pr�vias para definir entre a candidatura pr�pria ou o apoio a um aliado.
O �ltimo esfor�o � para convencer o senador Anastasia a concorrer, j� que ele � visto como o �nico capaz de unir o grupo novamente. At� o momento, por�m, o trabalho dele seria para que os colegas encampem a candidatura do deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB).
Ocorre que, enquanto Anastasia e A�cio trabalham por Pacheco, parte da legenda v� com simpatia a uni�o com o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB), aliado dos tucanos nos �ltimos governos. H� ainda quem defenda a candidatura do ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (Sem partido). Nesta semana, a bancada federal tucana prop�s candidatura pr�pria e o secret�rio-geral da legenda em Minas, deputado estadual Jo�o V�tor Xavier, avisou que vai formalizar a proposta de pr�vias para unificar o discurso do partido.
Do lado do PP, a cis�o ocorreu na �ltima semana porque a bancada federal e o presidente nacional Ciro Nogueira destitu�ram o ex-governador Alberto Pinto Coelho da presid�ncia estadual do partido e colocaram em seu lugar o deputado federal Renzo Braz. A mexida, conforme parlamentares admitiram, foi motivada pela aproxima��o de Dinis e Lacerda. � revelia de Dinis e Pinto Coelho, a bancada em Bras�lia vem trabalhando por uma poss�vel uni�o com Rodrigo Pacheco. Os dois, que eram os principais l�deres do PP, se desfiliaram do partido acusando a legenda de ter se tornado um balc�o de neg�cios.
O DEM acompanha atentamente as movimenta��es, enquanto aguarda a prov�vel filia��o de Rodrigo Pacheco, rejeitado por parte do MDB. J� o Solidariedade, o PTB e o PPS aguardam respostas aos convites feitos a Dinis e Pinto Coelho para se filiarem. No caso do pr�-candidato ao governo Dinis Pinheiro, as conversas estariam mais avan�adas com a primeira op��o.
CONDI��ES
No PSB, embora os aliados de Lacerda digam que a pr�-candidatura oficializada � un�nime, tamb�m h� distens�o. O l�der do partido na C�mara dos Deputados, J�lio Delgado, questiona a aproxima��o do ex-prefeito com Dinis Pinheiro e diz que Lacerda vem conduzindo as articula��es pela candidatura sem falar com o partido. Delgado admite n�o apoiar o ex-prefeito na campanha ao governo. “Vai depender muito das alian�as que ele tem feito. N�o vou apoiar uma chapa que tenha o Rui Muniz (ex-prefeito de Montes Claros), que viajou o Norte de Minas quase inteiro com ele. J� falei isso com a dire��o nacional”, diz.
Integrante da ala que n�o deseja a uni�o com o PSDB, J�lio Delgado tamb�m n�o tem simpatia pela poss�vel ades�o de Dinis Pinheiro � chapa. “N�o adianta discurso de mudan�a e trazer esse pessoal que sempre esteve no governo. N�o quero mais do mesmo para Minas”, disse se referindo ao ex-presidente da Assembleia.
A movimenta��o no grupo ligado aos tucanos aumentou depois que o MDB decidiu, na semana passada, adiar as pr�vias do partido para maio, em uma articula��o da bancada estadual. A medida praticamente empurrou o deputado federal Rodrigo Pacheco para o DEM. A convite do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o pr�-candidato deve ingressar nas fileiras do partido em uma articula��o que incluiu Anastasia e A�cio. Ambos estavam em conversas para tentar fazer do parlamentar o candidato do seu grupo pol�tico.
Principais datas do calend�rio eleitoral
7/4 – �ltimo dia para governadores, presidente da Rep�blica e prefeito deixarem o mandato, caso queiram disputar a elei��o para outro cargo.
7/4 – Quem pretende concorrer aos cargos eletivos no pleito de outubro deve se filiar a um partido pol�tico at� esse dia, ou seja, seis meses antes da data das elei��es.
10/4 – A partir desse dia fica vedado aumento salarial para servidores p�blicos. O aumento � proibido at� a posse dos eleitos, a n�o ser que seja um reajuste para recompor perda de poder aquisitivo no ano.
9/5 – Prazo final para o eleitor regularizar o t�tulo e fazer atualiza��es no cadastro.
18/6 – Justi�a Eleitoral vai divulgar o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O fundo � uma novidade institu�da pela minirreforma eleitoral.
20/7 a 5/8 – per�odo para conven��es partid�rias escolherem as coliga��es e candidatos.
15/8 – �ltimo dia para os partidos registrarem no TSE os candidatos.
16/8 – In�cio da propaganda eleitoral.
7/10 – 1º turno das elei��es.
12/10 – In�cio da propaganda eleitoral do 2º turno.
28/10 – 2º turno das elei��es
Fonte: TSE