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Estado de Minas

Em seu primeiro ato, Jungmann tira Segovia da chefia da Pol�cia Federal


postado em 28/02/2018 07:48 / atualizado em 28/02/2018 08:24

Bras�lia - Empossado nesta ter�a-feira, 27, como ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, em seu primeiro ato na nova pasta, demitiu o diretor-geral da Pol�cia Federal, Fernando Segovia. O delegado ser� substitu�do por Rog�rio Galloro, que j� ocupou o cargo de diretor executivo, uma esp�cie de n�mero dois da corpora��o, na gest�o de Leandro Daiello, antecessor de Segovia no cargo.

A mudan�a ocorre na esteira da cria��o do minist�rio, que ficar� respons�vel pela PF. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, Jungmann fez o pedido na segunda-feira, 26, � noite ao presidente Michel Temer, que concordou. Ao assumir o cargo, o novo ministro ganhou liberdade para montar sua equipe. De acordo com um interlocutor, Temer quis saber qual seria o destino de Segovia, que dever� exercer a fun��o de adido da PF nos Estados Unidos.

A decis�o pela troca n�o tem rela��o com um epis�dio espec�fico, mas levou em conta o desgaste de Segovia no cargo. Sua nomea��o, em novembro passado, foi cercada de desconfian�a e atribu�da � indica��o de emedebistas investigados.

Nos pouco mais de tr�s meses que ficou no comando da PF, acumulou epis�dios pol�micos (mais informa��es nesta p�gina). Logo na posse, disse que s� uma mala de dinheiro n�o era suficiente para provar crime de corrup��o no caso envolvendo a mala com R$ 500 mil recebida pelo ex-assessor da Presid�ncia Rodrigo Rocha Loures.

Para tentar conter as pol�micas e ganhar apoio no in�cio da gest�o, Segovia montou sua equipe ap�s compor com as classes internas da PF - agentes, peritos e delegados. Ele anunciou a substitui��o de 12 superintendentes estaduais, mas manteve alguns rec�m-empossados pelo seu antecessor. Em Curitiba, sede da Lava Jato, por exemplo, manteve a indica��o de Maur�cio Valeixo.

A principal pol�mica, por�m, foi uma entrevista � ag�ncia Reuters, na v�spera do carnaval, na qual indicou a tend�ncia pelo arquivamento de um inqu�rito contra Temer relacionado ao chamado Decreto dos Portos. As declara��es resultaram em uma forte rea��o de associa��es de delegados, um pedido de esclarecimento do ministro do Supremo Tribunal Federal Lu�s Roberto Barroso, al�m de uma peti��o da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, para que ele se abstivesse de "qualquer ato de inger�ncia" sobre investiga��o em curso, sob pena de afastamento do cargo.

Nesta ter�a, em outro epis�dio que demonstrou seu enfraquecimento no cargo, Segovia voltou atr�s em um pedido para que delegados fornecessem o n�mero do inqu�rito ao solicitar refor�o para opera��es. Internamente, a norma � vista como praxe. Mas a crise de confian�a envolvendo Segovia j� era grande e a vers�o de que isso seria mais uma forma de intervir nas investiga��es ganhou for�a, resultando no recuo.

Cerim�nia


Antes de ser demitido, Segovia prestigiou a posse de Jungmann, no Pal�cio do Planalto. Na terceira fileira, foi um dos puxadores de palmas ap�s o discurso do novo ministro. Abordado por jornalistas, Segovia afirmou que n�o poderia falar sobre investiga��es porque a Justi�a havia proibido suas manifesta��es. Ap�s a cerim�nia, ainda se reuniu com Jungmann. Pouco tempo depois, foi informado sobre sua demiss�o.

Ex-bra�o direito de Daiello no comando da PF, Galloro era o favorito para chefiar a corpora��o em novembro passado, quando foi preterido por Segovia. Seu nome era defendido pelo ministro da Justi�a, Torquato Jardim, que, segundo relatos, comemorou a troca. Questionado pela reportagem, no entanto, Torquato negou ter influenciado na substitui��o. "N�o h� vencidos nem vencedores."

Internamente, a nomea��o de Galloro � considerada uma retomada do estilo de gest�o de Daiello, que comandou a PF por quase sete anos. Galloro ingressou na corpora��o em 1995. Tem mais de 22 anos de carreira e foi adido da PF nos Estados Unidos. Tamb�m foi superintendente regional em Goi�s. Para assumir o posto, deixa o cargo de secret�rio nacional de Justi�a.


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