O ex-ministro Jos� Dirceu afirmou, nesta segunda-feira, 5, que a nomea��o do ex-diretor da Petrobras Renato Duque passou por uma decis�o "pol�tica" em que foi levado em considera��o o fato de outros candidatos � vaga terem sido de governos tucanos. Ele falou como testemunha de defesa do ex-secret�rio-geral do PT, Silvio Pereira, o "Silvinho Land Rover".
Segundo a den�ncia, as investiga��es apontaram que os administradores da empresa GDK "ofereceram e pagaram um ve�culo Land Rover para Silvio Pereira em troca de favorecimento da empresa na licita��o do m�dulo 1 da Unidade de Tratamento de G�s de Cacimbas, localiza em Linhares, no Esp�rito Santo, entre 2004 e 2005".
O ex-ministro negou ter conhecimento do caso envolvendo a Land Rover, mas respondeu perguntas sobre a nomea��o de Renato Duque, em fevereiro de 2003, durante o primeiro governo Lula. Duque tamb�m � r�u nesta a��o penal.
"H� uma avalia��o que passa por ministros que numa reuni�o com Luiz Gushiken, Dilma, Delubio, e eu fui chamado, havia uma discuss�o sobre dire��o da Petrobras e o nome de Renato Duque aparecia, e aparecia tamb�m Rogerio Manso, que era integrante da administra��o anterior de FHC. Houve consulta a casa civil. Do ponto de vista pol�tico, n�o tinha porque manter nomes da administra��o anterior se est�vamos mudando a orienta��o da empresa", afirmou.
Dirceu ainda disse que o PT obteve aprova��o de um "regime de partilhas" que depois foi derrubado pelo PSDB no Congresso "ap�s o golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff".
Dirceu afirmou que as pol�ticas do PT eram "totalmente divergentes" do que as que estavam em vigor, "tanto que todas foram depois revogadas". "Ent�o n�o tinha sentido indicar dois nomes do governo anterior".
(Luiz Vassallo, Julia Affonso e Ricardo Brandt)