(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Temer tomou iniciativa de oferecer sigilo, defende Padilha


postado em 06/03/2018 15:36

Bras�lia, 06 - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta ter�a-feira, 6, que a decis�o do ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de autorizar a quebra de sigilo banc�rio do presidente Michel Temer "n�o � algo que agrada", mas ponderou que, por n�o ter nada a esconder, o chefe do Executivo est� decidido a tornar a movimenta��o financeira p�blica.

"O governo recebeu decis�o com surpresa, pois � uma decis�o singular, in�dita", disse Padilha, ao chegar � C�mara, onde far� uma palestra sobre desburocratiza��o. Ele destacou o fato de a resolu��o n�o ter sido motivada por um pedido da procuradora-geral, Raquel Dodge, e disse que, apesar disso, Temer, "de outra parte, encarou com normalidade, tanto que resolveu oferecer � m�dia e ao Judici�rio os dados", afirmou.

"O presidente Temer ontem, 5, j� tomou iniciativa de, tendo conhecimento da quebra de sigilo, de oferecer a quebra. Ele n�o tem absolutamente nada a esconder e ele mesmo vai oferecer � m�dia o seu sigilo banc�rio", completou. Auxiliares de Temer destacaram que o presidente se mostrou bastante contrariado e irritado com a decis�o de Barroso. Ao ser perguntado se Temer se sentiu incomodado, Padilha disse que, por ser uma decis�o "singular" e que "nunca aconteceu", "de certo que n�o � algo que agrada."

O ministro do STF atendeu a um pedido do delegado Cleyber Malta, respons�vel pelo inqu�rito que investiga irregularidades na edi��o do Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. A decis�o de Barroso � de 27 de fevereiro. A perda de sigilo abrange o per�odo entre 2013 e 2017.

A solicita��o feita por Malta, em dezembro de 2017, diverge do requerimento de Raquel. Tamb�m em dezembro, ela pediu quebras de segredo no �mbito da investiga��o dos portos, mas n�o incluiu o presidente entre os alvos. No entendimento da PGR, n�o havia, � �poca, elementos para a quebra do sigilo de Temer.

Sobre a possibilidade de o presidente recorrer da decis�o e tentar reverter a quebra, Padilha afirmou que, em "decis�es judiciais, em tese, sempre cabem recurso; agora o presidente n�o tem se mostrado com vontade de recorrer". O chefe da Casa Civil disse ainda que quem poderia falar melhor sobre essa estrat�gia era o advogado de Temer, Ant�nio Cl�udio Mariz.

Ao ser perguntado se pensava da mesma forma que o chefe da Secretaria de Governo da Presid�ncia da Rep�blica, Carlos Marun, de que a decis�o seria uma tentativa de frustrar a a��es do governo federal no Rio, Padilha disse que n�o consegue "ler o pensamento do ministro" do Supremo, mas disse acreditar que ele se pauta pela lei e pela Constitui��o. "Ent�o n�o tenho como concordar ou discordar de Marun."

(Carla Ara�jo)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)