Pris�o de Lula 'n�o vai ser aceita com normalidade', diz Gleisi Hoffmann

S�o Paulo, 09 - Admitindo a possibilidade do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ser preso, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que uma eventual pris�o de Lula "n�o vai ser aceita com normalidade" pelo partidos e movimentos sociais ligados � legenda e que os respons�veis por uma deten��o do petista "v�o pagar o pre�o".

Em discurso durante evento do PT e da Funda��o Perseu Abramo na capital paulista, Gleisi admitiu que "querem prender o Lula e � para isso que est� caminhando". Ela refor�ou que o partido ir� at� "as �ltimas consequ�ncias" para defend�-lo. "A pris�o do Lula n�o vai ser aceita com normalidade por n�s", disse a presidente do partido. "N�o � que n�s vamos fazer insurrei��o, grandes mobiliza��es, mas n�o vamos aceitar calmamente. N�s vamos resistir." No discurso, a senadora disse que Lula pode ser derrotado, mas que "eles v�o pagar o pre�o na sociedade brasileira e na sociedade internacional."

Partidos

Gleisi aproveitou o discurso para mandar um recado para partidos de esquerda que j� lan�aram pr�-candidaturas ao Planalto. Ela disse que s�o leg�timas as aspira��es de Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'�vila (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT), mas que esses partidos t�m de entender que as elei��es de 2018 n�o ser�o uma disputa "com normalidade". Defender o direito de Lula ser candidato � defender a democracia, alegou. "Deixar prender Lula � aprisionar o povo brasileiro."

Gleisi repetiu que a esperan�a do PT est� nas m�os do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido cobra que a corte julgue as a��es sobre condena��o em segunda inst�ncia e possa rever o atual entendimento, que permite pris�o ap�s condena��o em segundo grau.

A dirigente negou que o partido esteja pressionando o Supremo. "Eu nunca me senti pressionada quando recebemos ju�zes, desembargadores e ministros de cortes superiores no Congresso", devolveu. Ela recha�ou a discuss�o sobre outra candidatura no PT al�m de Lula. "Falar em qualquer outra possibilidade � jogar Lula para os le�es", comentou.

(Daniel Weterman)