Juc� critica ideia de Bolsonaro para venezuelanos em RR

Bras�lia, 15 - L�der do governo no Senado e uma das principais lideran�as pol�ticas em Roraima, Romero Juc� (MDB) criticou nesta quarta-feira, 14, a proposta do deputado federal e presidenci�vel Jair Bolsonaro (PSL-RJ) de criar um campo de refugiados para venezuelanos que chegam ao Pa�s por Roraima. O emedebista, por�m, alegando quest�es de seguran�a sanit�ria, defendeu a cria��o de centro de triagem para controlar a entrada dos estrangeiros na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.

"Vai botar quem para tomar conta (do campo de refugiados)? A ONU (Organiza��o das Na��es Unidas)? � pior, � um enclave da ONU dentro do Brasil", afirmou Juc� ao Estad�o/Broadcast. Para ele, a primeira medida a ser adotada � um controle de barreira sanit�ria na fronteira. "Tem que ter um centro de triagem. Porque tem que vacinar as pessoas. Est� entrando gente doente l�. Est� tendo surto de sarampo, j� tem suspeita de febre amarela, j� teve caso de difteria", disse.

Em entrevista publicada na edi��o desta Quarta do jornal

O Estado de S. Paulo

, Bolsonaro defendeu tr�s propostas para enfrentar a imigra��o de venezuelanos no Brasil. "Primeiro, via Parlamento, revogar essa lei de imigra��o a�. Outra, fazer campo de refugiados. Outra: em vez de esperar passar o vexame do (Nicol�s) Maduro expulsar os nossos embaixadores, j� era para ter chamado h� muito tempo e tomado outras decis�es econ�micas contra a Venezuela", disse.

O presidenci�vel afirmou tamb�m que somente os venezuelanos mais pobres est�o emigrando para o Brasil. "A ditadura, quando come�a a tomar forma, a elite � a primeira a sair. Essa foi pra Miami. A parte mais intermedi�ria, grande parte foi para o Chile. E agora os mais pobres est�o vindo para o Brasil. N�s j� temos problemas demais aqui. Se vamos incorporar aquele ex�rcito que recebe Bolsa Fam�lia, quem vai pagar isso a�? Vamos aumentar impostos?", disse Bolsonaro.

Para Juc�, que tamb�m � presidente do MDB, o governo brasileiro precisaria realocar os refugiados que chegam a Roraima. Segundo ele, a capital Boa Vista e a cidade de Pacaraima, que fica na fronteira, n�o comportam a quantidade de imigrantes que querem entrar no Brasil. "Essas pessoas ter�o de ser interiorizadas ou vai ter que se criar algum tipo de encaminhamento para elas", disse Juc�, cuja ex-mulher e aliada, Teresa Surita, � prefeita de Boa Vista. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Igor Gadelha)