A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra de sigilo banc�rio da campanha de 2014 do l�der do Governo no Congresso, Andr� Moura (PSC/SE) em investiga��o sobre suposta compra de votos. Tamb�m � alvo da cautelar o senador Eduardo Amorim (PSDB/SE). Os dois parlamentares e o deputado estadual de Sergipe Luciano Pimentel (PSB), que permanece se defendendo em primeira inst�ncia das investiga��es porque n�o tem foro na Corte m�xima, passaram a ser alvo de inqu�rito ap�s grampos da Pol�cia Civil pegarem supostas tratativas no �mbito das elei��es 2014 feitas por correligion�rios com eleitores do sert�o do Estado.
As investiga��es sobre os parlamentares nasceram de um inqu�rito policial sobre supostos crimes de pedofilia, prostitui��o infantil em um bar na regi�o de Itabaiana, que envolvia bebedeiras e orgias com menores de idade. Com a quebra de sigilo telef�nico, a Pol�cia Civil constatou que investigados tamb�m agiam em outras duas cidades do Estado para compra de votos. S�o elas Nossa Senhora das Dores e Carira, no sert�o de Sergipe.
Uma das investigadas � Amanda Mara Souza Chagas, que foi candidata pelo PSC ao cargo de vereadora de Carira, interior do Estado, em 2016. Ela foi flagrada em 2014 em supostas negocia��es com habitantes de cidades do sert�o de Sergipe. Em uma delas, ela � cobrada pelo pagamento de "dentes novos" a uma eleitora.
Ao determinar abertura de inqu�rito, a ministra tamb�m deferiu diversas dilig�ncias requeridas pela procuradora-geral da Rep�blica Raquel Dodge. Entre elas, a quebra de sigilo banc�rio das contas de campanha do deputado federal, do estadual e do senador.
A ordem da ministra alcan�a dados banc�rios dos pol�ticos "pelo estrito per�odo" de 1� de setembro de 2014 a 30 de novembro de 2014.
A ministra tamb�m deferiu � PGR o pedido para a realiza��o de depoimentos dos alvos dos grampos que foram flagrados nas supostas tratativas.
Defesas:
Com a palavra, Andr� Moura
"COMUNICADO � IMPRENSA
O jornal O Estado de S�o Paulo publicou nota nesta quinta-feira (16) relacionando o nome do deputado federal Andr� Moura (PSC) a uma investiga��o em andamento sobre suposta compra de votos nas elei��es de 2014. Diante do fato, o parlamentar comunica:
1 - Jamais foi intimado para prestar esclarecimentos sobre tal investiga��o, acerca da qual n�o possui qualquer conhecimento. Ali�s, a pr�pria mat�ria reconhece estarem os fatos vinculados a terceiros e n�o ao deputado diretamente. Neste sentido, n�o cabe ao parlamentar - ou a quem quer que seja - responder por atos isolados ou conversas praticadas por outras pessoas.
2 - Por n�o haver cometido il�citos e confiar no correto trabalho das institui��es judici�rias brasileiras, t�o logo seja oficialmente comunicado dos fatos, o parlamentar solicitar� a mais breve conclus�o da investiga��o e uma an�lise judicial do vazamento da decis�o de um ministro do STF, quando esta sequer encontrava-se dispon�vel no s�tio eletr�nico daquela Corte ou publicada no Di�rio Oficial da Justi�a.
Em tempo, antecipadamente agradecemos a divulga��o deste comunicado.
Bras�lia, 16 de mar�o de 2018
Assessoria de Comunica��o, com informa��es da Assessoria Jur�dica
Gabinete do Deputado Federal Andr� Moura"
Com a palavra, Eduardo Amorim
Em resposta � mat�ria veiculada no Estad�o nesta quinta-feira (15/03) a Assessoria de Imprensa do senador Eduardo Amorim esclarece:
"1) A assessoria de imprensa do senador Eduardo Amorim afirma que o parlamentar n�o � interlocutor em nenhum di�logo interceptado. O senador � apenas citado em uma conversa de terceiros, que aconteceu em ambiente privado, sobre a qual n�o tem nenhum tipo de controle ou influ�ncia.
2) O contexto citado pelo ve�culo � desconhecido, por completo, pelo parlamentar. Reafirmamos que esse senador n�o teve conhecimento nem direta, nem indiretamente com o objeto do inqu�rito e n�o foi, at� o momento, chamado para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o assunto;
3) A assessoria de imprensa reitera que durante a sua vida p�blica jamais teve qualquer envolvimento ou condena��o relacionada � compra de votos;
4) Por essas raz�es, e por acreditar no trabalho do Poder Judici�rio, prestar�, t�o logo seja notificado, os esclarecimentos para que essa investiga��o tenha um tr�mite r�pido e ao final seja, no que nos concerne, elucidada.
Assessoria de Imprensa
Senador Eduardo Amorim"
Com a palavra, Luciano Pimentel
"A prop�sito da mat�ria 'Grampos pegaram suposta compra de votos para l�der de Temer no Congresso', o parlamentar do PSB tem a dizer o seguinte:
1 - Que, em momento algum, durante a campanha eleitoral de 2014, na qual se elegeu, praticou compra de votos;
2 - Que, al�m de n�o ter pessoalmente praticado, jamais autorizou a que algu�m em seu nome o fizesse, por ser contr�rio a esta pr�tica danosa � democracia.
3 - Que n�o pode ser responsabilizado por qualquer tipo de afirma��o feita em seu nome por terceiros em conversas telef�nicas grampeadas e que, no mais, est� � disposi��o da Justi�a de Sergipe ou de qualquer outra Corte para esclarecer os fatos.
Assessoria de comunica��o do mandato do deputado Luciano Pimentel - PSB/SE"
(Luiz Vassallo)