Bras�lia, 25 - Apesar de bem posicionada em pesquisas de inten��o de voto para a Presid�ncia da Rep�blica, Marina Silva (Rede) tem tido dificuldades para dar visibilidade � sua pr�-campanha. Mesmo com uma agenda cheia, a ex-ministra costuma ser cobrada pelo seu "sumi�o" da vida p�blica.
No domingo passado, por exemplo, em uma conversa com internautas pelo Facebook, foi questionada por um eleitor: "Por onde voc� anda, Marina?". Em resposta, ela disse que sempre esteve na ativa e reclamou de "uma tentativa de ocultamento" do seu trabalho.
O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou agendas de Marina na semana passada. Na ter�a e na quarta-feira, a ex-ministra foi figura de destaque do F�rum Mundial da �gua, promovido em Bras�lia. Mesmo tendo deixado o Minist�rio do Meio Ambiente h� dez anos, foi recebida com defer�ncia, tirou selfies e foi reconhecida at� mesmo por participantes estrangeiros.
Durante o f�rum, Marina participou de debate ao lado da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, foi uma das "estrelas" do lan�amento do document�rio sobre pr�ticas sustent�veis do ator Marcos Palmeira e recebeu homenagens.
"Precisamos de mais mulheres na pol�tica, sua candidatura � muito importante", disse a ativista boliviana Maria Teresa Vargas, que dividiu uma mesa de discuss�o com Marina.
Fora da esfera ambiental, a ex-ministra teve um encontro com embaixadores em Bras�lia, foi ao Rio filiar � Rede nomes como a atriz C�ssia Kiss e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e ainda a S�o Paulo para participar de eventos com empres�rios do ramo do varejo e de movimentos sociais.
A pouca visibilidade de Marina neste momento pode ser explicada pelo seu isolamento pol�tico. Sem alian�as com outros partidos, a Rede deve bancar sozinha a terceira tentativa da ex-ministra de chegar ao Planalto. Os pr�prios integrantes da Rede reconhecem a exist�ncia de um cen�rio adverso. "� uma �tima candidata, com muitas dificuldades, mas estamos dispostos a enfrentar todas", disse o deputado Miro Teixeira.
(Isadora Peron)