(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Supremo quer melhorar imagem de TV


postado em 25/03/2018 11:18

Bras�lia, 25 - Em meio a discuss�es sobre corte de gastos p�blicos, a TV Justi�a, emissora p�blica oficial do Judici�rio, pretende colocar em funcionamento a partir de agosto o novo sistema de c�meras em alta defini��o para transmiss�o ao vivo das sess�es plen�rias do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte vai gastar at� R$ 2,9 milh�es para realizar a troca de equipamentos de capta��o e transmiss�o. As sess�es s�o televisionadas no programa Direto do Plen�rio, �s quartas e quintas-feiras, e reprisadas em outros dias durante a programa��o.

Esse tipo de transmiss�o vem sendo apontado por especialistas e estudiosos n�o s� como uma forma de divulgar atos do Poder Judici�rio como um fator de influ�ncia no comportamento dos ministros durante as sess�es e na extens�o dos votos de cada um deles.

Na semana passada, por exemplo, o bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Lu�s Roberto Barroso durante o julgamento que manteve a proibi��o de doa��es ocultas em campanhas eleitores foi transmitido ao vivo. Tradicionalmente com posi��es opostas, ambos protagonizaram uma troca de agress�es verbais. Barroso disse que o colega � "uma pessoa horr�vel", uma "mistura do mal com o atraso e pitadas de psicoterapia". Gilmar rebateu recomendando que Barroso "fechasse seu escrit�rio de advocacia". No ano passado, o plen�rio da Corte tamb�m foi palco de outros embates entre ministros.

Criada em maio de 2002, a TV Justi�a tem sede no Supremo Tribunal Federal e iniciou as atividades em agosto daquele ano. Coube a Marco Aur�lio Mello, que � ministro da Corte desde 1990, a san��o da lei que criou a emissora. � �poca, Marco Aur�lio era o presidente do STF e ocupou interinamente a Presid�ncia da Rep�blica durante uma viagem de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao exterior. Ele ocupou o cargo porque tamb�m estavam fora do Pa�s o vice-presidente e os presidentes da C�mara e do Senado.

No dia da san��o da lei, Marco Aur�lio afirmou que o servi�o seria "important�ssimo porque a �ltima trincheira do cidad�o � o Judici�rio". A administra��o da TV Justi�a est� sob a responsabilidade da Secretaria de Comunica��o Social da Corte com o aux�lio de um Conselho Consultivo.

Investimento

Os R$ 2,9 milh�es previstos ser�o usados para bancar novas c�meras de alta defini��o, lentes, monitores e sistema de opera��o � dist�ncia com controle e rob�tica. H� pelo menos duas empresas interessadas. O STF quer que elas comprovem experi�ncia no fornecimento dos equipamentos. O sistema � considerado cr�tico, porque, em caso de mau funcionamento, afeta a transmiss�o do plen�rio.

A TV Justi�a est� buscando no mercado produtos com tecnologia de ponta, fabricados por l�deres do mercado mundial de produ��o e transmiss�o de v�deo. A exig�ncia � que as c�meras captem em full HD (resolu��o m�xima da alta defini��o), mas n�o em ultra HD ou 4K, com qualidade quatro vezes superior. O 4K � considerado como pr�ximo passo da tecnologia padr�o de TVs e j� foi usado em transmiss�es na Olimp�ada do Rio, em 2014.

O Supremo afirma que a substitui��o dos equipamentos vai permitir melhores condi��es de manuten��o, de infraestrutura tecnol�gica e possibilitar a capta��o de imagens em HD. A justificativa do tribunal para o investimento � que as c�meras atuais est�o obsoletas, defasadas tecnologicamente e em opera��o h� um longo tempo - pelo menos dez anos desde que foram adquiridas.

Atualmente, as imagens da TV Justi�a s�o captadas e transmitidas em aspecto 4:3, propor��o que era o padr�o no Brasil at� as primeiras transmiss�es da TV digital, iniciada em 2007. As c�meras que ser�o substitu�das foram compradas naquele ano, ao custo de R$ 1,5 milh�o.

Para melhoria da qualidade de som e imagem possibilitada com os sinais digitais, foi adotado na TV aberta o padr�o 16:9 (widescreen), similar � tela de cinema, com mais �rea nas laterais. Quando retransmitido para televisores mais modernos, a qualidade da imagem piora e aparecem barras pretas nas laterais da imagem.

C�meras

O plen�rio do Supremo possui ao todo dez c�meras em cinco posi��es diferentes. Todas s�o operadas remotamente por meio de cabos ligados a uma sala de controle (switcher). Elas ficam afixadas nas paredes, e n�o h� cinegrafistas dentro do plen�rio. As cinco c�meras da TV Justi�a, instaladas mais ao alto, ser�o trocadas. As outras cinco servem apenas para documenta��o de eventos internos e das sess�es de julgamento pela Se��o de �udio e V�deo, "com aplicabilidade distinta e sem rela��o direta com os equipamentos da TV Justi�a", segundo a Coordenadoria Administrativa da Secretaria de Comunica��o Social. Elas foram adquiridas em 2012, num edital com valor de R$ 2,2 milh�es.

O STF vem investindo na renova��o de sua infraestrutura de �udio e v�deo. Em 2014, lan�ou licita��o de R$ 5 milh�es para c�meras e outros equipamentos para grava��o em est�dios e externas. No ano passado, realizou outro de R$ 1,7 milh�o para compra de um switcher de v�deo para transmiss�es, que poder� ser usado com as novas c�meras. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Felipe Fraz�o)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)