
S�o Paulo - O ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot, que deixou o cargo em setembro do ano passado ap�s quatro anos de mandato e duas den�ncias apresentadas contra o presidente Michel Temer, usou o Twitter na manh� desta quinta-feira, 29, para comentar a opera��o que prendeu, entre outros investigados, o advogado, amigo pessoal e ex-assessor do presidente, Jos� Yunes. Ao citar uma not�cia relatando a opera��o, Janot perguntou: "Come�ou?" Em seguida, respondeu: "Acho que sim."
Come�ou? Acho que sim https://t.co/ggk9XpS3D5
— Rodrigo Janot (@Rodrigo_Janot) 29 de mar�o de 2018
Ao longo do ano passado, Janot denunciou Temer em duas oportunidades com base na dela��o dos irm�os Joesley e Wesley Batista e demais executivos da J&F. Ambas foram barradas pelos parlamentares que d�o sustenta��o ao governo de Temer na C�mara dos Deputados, que impediram a continuidade das investiga��es at� que Temer deixe o cargo, em janeiro de 2019.
A pris�o de Jos� Yunes � tempor�ria (cinco dias) e foi autorizada pelo ministro do Supremo Lu�s Roberto Barroso, relator do inqu�rito que apura se Michel Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, na edi��o do decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. Al�m de Yunes, foram presos o empres�rio Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e o coronel da reserva da PM Jo�o Batista de Lima Filho, o coronel Lima, tamb�m apontado como amigo pessoal de Temer.
Na manh� desta quinta, Janot ainda declarou na rede social que para combater a corrup��o � preciso "coragem, inflexibilidade e muita resili�ncia".
Al�m do inqu�rito relacionado ao decreto dos portos, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, solicitou ao Supremo Tribunal Federal neste ano que o presidente fosse inclu�do em outro inqu�rito - o que investiga pagamento de propina por parte da Odebrecht acertado dentro do Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial de Temer, em maio de 2014.