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Estado de Minas

'A famosa mala de dinheiro n�o saiu da Rodrimar', diz empresa dos portos


postado em 29/03/2018 18:36

Bras�lia, 29 - A Rodrimar, alvo da Opera��o Skala deflagrada nesta quinta-feira, 29, para pegar amigos e aliados do presidente Michel Temer, afirmou em uma nota extensa que "nunca recebeu qualquer privil�gio do poder p�blico em mais de sete d�cadas de exist�ncia".

Agentes da Pol�cia Federal, munidos de autoriza��o do ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), prenderam o empres�rio e advogado Jos� Yunes e o coronel Jo�o Baptista Lima Filho - muito pr�ximos de Temer - e fizeram buscas em 20 endere�os, entre os quais a sede da Rodrimar, em Santos (SP).

"A opera��o n�o afetou os neg�cios da companhia, que completar� 75 anos de trabalho com muita qualidade e com a fidelidade e o respeito de seus clientes e de todo o setor de com�rcio exterior no Brasil", afirmou o grupo.

"A Rodrimar e seu presidente foram surpreendidos com a Opera��o Skala, deflagrada pela Pol�cia Federal em dia de feriado no Judici�rio, impossibilitando o acesso dos advogados aos autos", destaca nota.

Em outro trecho do texto, a companhia afirma que "nunca pagou propina a nenhum agente p�blico e nunca autorizou que algu�m o fizesse em seu nome".

A companhia cita o emblem�tico cap�tulo da mala dos R$ 500 mil da JBS, filmada nas m�os do ex-assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures, em abril do ano passado, em uma rua de S�o Paulo. O dinheiro seria destinado a Temer via um executivo da Rodrimar.

"A 'famosa' mala de dinheiro n�o saiu da Rodrimar nem era destinada a ela ou a seus executivos, como j� foi esclarecido nos autos da investiga��o", diz a empresa. "J� houve, inclusive, uma den�ncia referente a essa quest�o da mala sem nenhuma acusa��o contra algu�m da Rodrimar."

A empresa assinala que tamb�m "soa estranho que um inqu�rito da d�cada de 1990, j� arquivado e no qual ningu�m da Rodrimar tenha sido sequer intimado tenha sido usado para esse extempor�neo mandado de pris�o".

"Tamb�m � falsa a afirma��o apurada em um inqu�rito da d�cada de 1990 de que tenha havido 'caixinha' ou 'caixa dois', tanto que o inqu�rito j� foi arquivado por determina��o do Supremo Tribunal Federal".

Sobre o Decreto dos Portos, assinado em 2017 por Temer, a Rodrimar esclareceu que "seus dirigentes atuaram, sim, como representantes e parceiros das entidades setoriais no sentido de ajudar a construir o texto de um decreto".

"Todas as empresas que atuam nos portos brasileiros participaram ativamente desses esfor�os."

O grupo reconhece que "� verdade que algumas das reivindica��es do setor foram atendidas pelo governo federal sim, mas boa parte n�o foi, inclusive a adapta��o dos contratos assinados antes de 1993, o que era o principal interesse da Rodrimar, pois o maior de seus contratos correspondente a cerca de 80% do faturamento da empresa, � de 1991".

"O decreto n�o beneficiou nenhuma empresa. Ele estabelece crit�rios que podem vir a permitir a adapta��o de 114 contratos de concess�o em portos p�blicos obtidos em processos licitat�rios a partir de 1993, entre eles um da Rodrimar, respons�vel por menos de 10% do faturamento da empresa. As concession�rias tiveram de informar ao governo quanto pretendem investir para adaptar os contratos ao decreto e a decis�o cabe agora ao Minist�rio dos Transportes, Portos e Avia��o Civil", ressalta a nota da Rodrimar.

"N�o compreendemos qual tipo de benef�cio ou privil�gio a empresa teria recebido do Poder P�blico se ela teve de recorrer � Justi�a para garantir os seus direitos e continuar operando. Reiteramos que a Rodrimar nunca recebeu qualquer privil�gio do Poder P�blico em mais de sete d�cadas de exist�ncia. A companhia sempre atuou com �tica, compet�ncia e respeito aos seus clientes, colaboradores e parceiros. E assim continuar�!"

(Rafael Moraes Moura e Breno Pires)


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