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Estado de Minas

Protesto contra Lula teve at� 'vaquinha'


postado em 01/04/2018 08:24

Francisco Beltr�o, PR, 01 - Partiu do grupo "antilula", criado no WhatsApp e que chegou a ter quase 800 pessoas em tr�s rela��es de 256 integrantes ativos na semana passada, a ordem para que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva fosse impedido de entrar em Francisco Beltr�o (PR) na segunda-feira passada, 26/03. Todos eram coordenados pela consultora de marketing Edna Faust, moradora da cidade no sudoeste do Paran�, a 471 quil�metros de Curitiba.

Em clima de tens�o, a ideia era evitar que o petista fizesse com�cio na pra�a principal da cidade, diante da Igreja Nossa Senhora da Gl�ria. "N�s t�nhamos gente nossa acompanhando eles por todo lado", conta Edna, militante h� tr�s anos do movimento Vem pra Rua, lembrando dos momentos de mobiliza��o contra Lula. Os grupos arrecadaram dinheiro para financiar os protestos.

Pelo WhatsApp, os militantes se coordenaram para formar tr�s grupos, com 30 pessoas cada, logo cedo, na segunda-feira. Um deles foi para a pra�a do bairro Industrial, com caminh�o de som; outro, para o aeroporto da cidade, para bloquear uma eventual chegada do petista por l�; e um terceiro se deslocou para a rodovia, em Marmeleiro, a 7 km de Beltr�o, onde foram queimados pneus para interromper a rodovia PR-180, que liga a cidade a Pato Branco.

Eram 10 horas quando o juiz M�rcio de Lima, de Marmeleiros, foi chamado ao f�rum, a 300 metros do local, para, com policiais, desobstruir a passagem dos �nibus e carros da caravana do PT. Replicando pr�ticas da milit�ncia petista e do MST, que escoltava Lula na caravana, os "antilula" colocaram fogo em pneus e travaram a rodovia. Bombeiros foram chamados. Burlando isso, por�m, parte da caravana j� tinha usado um caminho alternativo, pelo Rio Quibebe, com estrada de terra, para entrar em Beltr�o.

Prepara��o

"A press�o, na verdade, come�ou a crescer j� na sexta", lembra a coordenadora do Vem pra Rua, que mandou colar tr�s outdoors, protestando contra Lula, e um deles foi rasgado. As manifesta��es contr�rias a ele em Bag� (RS) e S�o Miguel (SC) animaram os paranaenses.

Enquanto petistas, j� sabendo da resist�ncia local, testavam caminhos alternativos para Lula entrar em Beltr�o, no s�bado, os contr�rios a ele organizavam nota de rep�dio no jornal local assinada tamb�m pelo rec�m-criado n�cleo do MBL e por empres�rios ligados � ma�onaria. "Tivemos o apoio de cinco lojas da ma�onaria e de outros empres�rios", contou Edna Faust.

No domingo, v�spera do com�cio petista, a ideia do grupo "antilula" era levantar na pra�a principal da cidade um pixuleco de 17 metros, alugado por R$ 1,2 mil para os protestos. Mas petistas que tamb�m foram � pra�a avisaram que n�o aceitariam o boneco no local. "O pixuleco d�i no cora��o deles", disse Edna.

Doa��es

No meio da confus�o de domingo, o respons�vel pelo boneco de Lula com roupas de presidi�rios n�o apareceu. "Ele teve problemas e s� conseguimos falar com ele na ter�a-feira", explica a coordenadora. "Passei a noite de domingo para segunda-feira sem dormir, fazendo cartazes com caixas de sapato e desenhando o pixuleco." Pelas contas dos opositores de Lula, as manifesta��es contra ele custaram R$ 9,3 mil, pagos "por doa��es". "Tivemos doa��es de at� R$ 10", diz a consultora de marketing.

Durante a tarde e in�cio da noite, por�m, houve enfrentamentos entre os militantes, com interven��o da pol�cia, que teve de pedir refor�os em Cascavel para manter os �nimos. Os petistas, com autoriza��o da prefeitura para ocupar a pra�a na manh� de segunda, j� se manifestavam no lugar, alegando que � p�blico. Na sa�da da missa de Ramos, in�cio da noite, o clima piorou.

"A gente tinha combinado com eles que n�o ia haver encontro de milit�ncia. Mas eles trouxeram o MST para a pra�a", diz Bruno Savarro, do MBL. Houve correria e brigas. A pol�cia teve trabalho. Foi a primeira vez que houve confronto de militantes das orienta��es diferentes na cidade. Ambos os grupos vinham convivendo politicamente em paz. E, assim, a tens�o de Beltr�o e a rejei��o � caravana se espalharam pela regi�o.

Rea��o

Em Guarapuava (PR), que concentra produtores de maior calibre na planta��o de gr�os, havia at� carreata preparada contra Lula. Mas ele n�o foi. Se tivesse ido, teria visto um protesto ainda maior do que o que a caravana experimentou em Francisco Beltr�o.

"N�s reunimos cerca de 5 mil pessoas, centenas de m�quinas e caminh�es para protestar contra a presen�a de um pol�tico condenado", afirmou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Guarapuava, Rodolfo Botelho. Segundo ele, a rejei��o a Lula na regi�o foi deflagrada primeiro pela situa��o de condenado na Justi�a, depois, por declara��es do ex-presidente. "O estopim dessa rejei��o foi a declara��o dele de que os produtores t�m dois prazeres, quando faz empr�stimo no banco e quando d� calote. O produtor n�o aceita ser chamado de caloteiro." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Pablo Pereira, especial para O Estado)


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