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Estado de Minas

Para Gilmar, haver�, por fim, respeito pela decis�o do STF sobre HC de Lula


postado em 03/04/2018 10:36

Lisboa, 03 - Mesmo com a incompreens�o em um primeiro momento, a opini�o p�blica ir� respeitar a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do pedido de habeas corpus (HC) do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, disse Gilmar Mendes, um dos ministros da Corte.

"Certamente haver�, num primeiro momento, esse tipo de incompreens�o: um lado dir� que foi bem feito, que a decis�o foi correta, e outro dir� que n�o foi correta e gerar� cr�ticas, mas em seguida haver� sentimento de acomoda��o e respeitar-se-� a decis�o tomada pelo Tribunal", analisou Mendes em Lisboa.

Sobre movimentos declarados de jejum (do coordenador da for�a-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol) e assinatura de abaixo assinados em rela��o ao tema, o ministro disse que se tratam de a��es que fazem parte do processo p�blico. "Talvez tenha se tornado exageradamente p�blico no Brasil", pontuou.

Ele lembrou que hoje se discute muito o televisionamento das sess�es do STF, mas defendeu a continuidade da transmiss�o. "Eu acho inevit�vel que haja essa transmiss�o. Se n�o houvesse, voc�s (jornalistas) estariam l�, transmitindo diretamente. Nossos julgamentos s�o p�blicos, isso j� secularmente, esta � a nossa tradi��o. N�o temos que evitar a transmiss�o, n�s temos de melhorar � a nossa rela��o de comunica��o, a informa��o do p�blico", considerou.

Para Gilmar Mendes, todos "palpitam" sobre os casos em julgamento no STF. "Assim como falavam que t�nhamos 200 milh�es de t�cnicos de futebol, agora temos 200 milh�es de ju�zes. Todos entendem de habeas corpus e discutem defesa, controle concreto, controle abstrato, em suma: isso era conversa de jornalista e virou de jornaleiro. Temos que conviver com isso", declarou.

Ele relatou tamb�m com ironia que um colega da Suprema Corte brinca que h� um canal de televis�o que � a "terceira turma" do STF, j� que h� um grupo de jornalistas que faz coment�rios sobre o que o Supremo deve decidir, sobre se errou, entre outros temas.

O ministro enfatizou que � preciso primeiro que as pessoas entendam do que se trata para depois emitirem opini�es. "Eu brinquei outro dia com a

Folha de S.Paulo

e fui mal interpretado quando disse que o jornalista tamb�m tem de ser alfabetizado. N�o falei no sentido de ser letrado, mas no de se informar sobre o que est� falando. Vemos essa polariza��o no Brasil em cima de an�lises muito superficiais. Temos que evitar isso", declarou.

Gilmar Mendes conversou com a imprensa na capital portuguesa, onde participa do "VI F�rum Jur�dico de Lisboa - Reforma do Estado Social no Contexto da Globaliza��o", organizado pelo seu Instituto Brasiliense de Direito P�blico (IDP) e pela Funda��o Getulio Vargas (FGV). Ele volta ainda nesta ter�a ao Brasil para participar da vota��o do HC de Lula no STF e retorna para Portugal na quinta-feira (5).

(C�lia Froufe, enviada especial)


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