S�o Paulo, 03 - Lideran�as de movimentos que far�o atos a favor e contra a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva concordaram com o posicionamento da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen L�cia, que pediu "serenidade" no momento "mais dif�cil e turbulento" da Justi�a brasileira.
"Acho que a �ltima coisa que precisamos nesse momento de acirramento pol�tico � algum tipo de conflito, agress�o", apontou Kim Kataguiri, l�der do Movimento Brasil Livre (MBL), que pede a pris�o de Lula.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), contr�rio � pris�o, aproveitou o aval dado ao posicionamento de Carmen L�cia para criticar o procurador do Minist�rio P�blico Federal Deltan Dallagnol, que anunciou greve de fome em prol da manuten��o da pris�o em segunda inst�ncia. "Na medida em que um procurador vai fazer greve de fome em raz�o dessa mat�ria (julgamento do habeas corpus) para pressionar o Supremo, demonstra um transbordamento."
Os dois deram entrevistas � R�dio Eldorado na manh� desta ter�a-feira e repercutiram o julgamento. Para Kim, uma decis�o pr�-Lula pode beneficiar pol�ticos corruptos e at� "estupradores, homicidas e assaltantes."
Teixeira, por sua vez, chamou o argumento de "mentiroso e terrorista." Segundo ele, a Justi�a poder� decidir se cada caso representa amea�a � sociedade ou n�o. "A Justi�a n�o os libertar� (os que s�o amea�as) e poder� conceder a pris�o."
Kim argumentou que, al�m desses tipos de criminosos, uma revis�o do Supremo ajudaria nomes como o ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). "Geddel n�o foi condenado nem em primeira inst�ncia. Eduardo Cunha j� foi condenado, mas n�o teve habeas corpus julgado pelo Supremo."
Pressionado, o STF julga nesta Quarta-feira (4) o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Lula. Manifesta��es a favor e contra a pris�o do ex-presidente come�am a tomar as ruas ainda nesta ter�a-feira em todo o Pa�s. No dia do julgamento, outros atos ocorrer�o em frente ao pr�dio do Supremo, em Bras�lia. A Pol�cia Militar far� um esquema especial de seguran�a.