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Estado de Minas

'Temos que abstrair de pessoas', afirma Janot sobre julgamento de Lula


postado em 03/04/2018 13:24

S�o Paulo, 03 - O ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot afirmou nesta ter�a-feira, 3, em evento em uma universidade de Bras�lia, que durante o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira ser� preciso "abstrair de pessoas" e olhar as teses que ser�o expostas e seus efeitos.

"N�s temos que nos abstrair de pessoas, temos que olhar as teses que se colocam e os efeitos disso no sistema penal", disse Janot, que participou do debate "Dialogando com a Lava Jato", no Uniceub, na manh� desta ter�a-feira, 3. Janot destacou ainda que o julgamento desta quarta-feira, 4, ter� como pano de fundo a tese sobre pris�o ap�s condena��o em segunda inst�ncia.

Em sua apresenta��o, que durou aproximadamente uma hora, o agora subprocurador-geral relembrou aos alunos presentes no audit�rio os fatos que deram in�cio �s investiga��es e os impactos da Opera��o Lava Jato no Pa�s.

Janot afirmou que o trabalho realizado nos quatro anos da opera��o foi feito por equipes do Minist�rio P�blico em coordena��o com �rg�os, como o Poder Judici�rio, a Pol�cia Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a Receita Federal e o Banco Central. "Nem sempre � f�cil trabalhar de forma cooperada. Existe um ran�o de ci�me, de 'est� invadindo minha �rea', mas conseguimos superar isso tudo. E foi um trabalho muito bom de coopera��o."

O subprocurador-geral afirmou que n�o existe "super-homem" ou um personagem protagonista no processo. "Foi muito investimento em capacita��o de pessoal e tecnologia de informa��o. Foi muito investimento no trabalho t�cnico e sorte."

Ao comentar sobre acordos de colabora��o premiada, Janot citou, sem dizer o nome, o caso do doleiro Alberto Youssef, que fazia evas�o de divisas, foi condenado no caso do Banestado e foi o primeiro acordo firmado pelo Minist�rio P�blico. "Naquele caso, erramos. Ao atribuir as premia��es a ele, reduzimos o quantitativo da pena. Depois, ele quebra o acordo, e, quando tentamos tocar o processo adiante, ele j� havia prescrito. � um ensinamento do�do, mas que nos alertou. Esse erro n�o cometemos mais."

Janot ressaltou que para firmar um acordo de colabora��o � preciso que haja novidade no fato exposto, comprova��o de prova e informa��es que se complementem. "No Brasil, colabora��o n�o � meio de provas, mas meio de obten��o de provas. Colabora��o diminui a quantidade de tentativas e de erros."

Em um balan�o final sobre a opera��o, Janot defendeu que a Lava Jato n�o pode recuar. "O combate � corrup��o envolve muitas resili�ncias. Corrup��o � mal, mata, fede, � uma doen�a. A luz do Sol � o melhor desinfetante. � preciso continuar com a transpar�ncia. Uma cidadania proativa e participativa tem de haver. Temos de pensar qual o pa�s que a gente quer para amanh�, para os nossos que vir�o. Esse processo � de marchas e contramarchas, mas confio que os retrocessos n�o acontecer�o."

(Teo Cury)


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