
Bras�lia – A Pol�cia Federal (PF) desautorizou o delegado Milton Fornazari Jr., que, em seu perfil no Facebook, postou mensagem na noite de s�bado, logo ap�s a pris�o de Lula. “Agora � hora de serem investigados, processados e presos os outros l�deres de vi�s ideol�gico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas il�citos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, A�cio etc)”, escreveu o delegado.
Em nota divulgada ontem, a dire��o da PF informou que “as declara��es proferidas s�o de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifesta��es em nome da institui��o”. A PF anunciou medidas administrativo-disciplinares em rela��o ao caso.
“Lula preso. Objetivamente recebeu bens, valores, favores e doa��es para seu partido indevidamente por empresas que se beneficiaram da corrup��o em seu governo”, escreveu Fornazari Jr.. “Por isso merece a pris�o.”
O delegado conclui sua manifesta��o afirmando que se as investiga��es futuras chegarem aos outros l�deres que ele elencou “teremos realmente evolu�do muito como civiliza��o”. “Se n�o acontecer e s� Lula ficar preso, infelizmente, tudo poder� entrar para a hist�ria como uma persegui��o pol�tica.”
Delegado experiente, Fornazari tem em seu curr�culo a investiga��o sobre o cartel do metr� e as fraudes no sistema metroferrovi�rio de S�o Paulo em governos do PSDB. Ele tamb�m foi respons�vel pelo inqu�rito que apurou supostos desvios de recursos nas obras bilion�rias do Rodoanel, tamb�m em S�o Paulo, e � especialista em coopera��o internacional para identifica��o de lavagem de dinheiro e oculta��o de valores.
O post de Fornazari contrariou a c�pula da PF. “O mencionado servidor n�o faz parte do corpo diretivo da PF em S�o Paulo e tampouco � porta-voz desta institui��o. A PF jamais se manifesta oficialmente por meio de perfis pessoais de seus servidores”, diz a nota.
Diante da repercuss�o do caso, o delegado fez um novo post. “Ontem, externei minha opini�o exclusivamente pessoal como cidad�o em rela��o � minha indigna��o com a corrup��o na pol�tica brasileira em geral. Citei o caso transitado em julgado em 2ª inst�ncia do ex-presidente Lula e os de outros pol�ticos notoriamente investigados em Bras�lia, nas inst�ncias superiores, como os motivos da minha indigna��o pessoal. Vamos todos manter a serenidade e sigamos em frente. Abra�os”, afirmou.