S�o Paulo, 10 - O ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, disse nesta ter�a-feira, 10, que a transfer�ncia do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, preso na sede da Pol�cia Federal em Curitiba (PR), para uma sala de Estado Maior em reparti��o militar, como avalia pedir a defesa do petista, depende de autoriza��o unicamente da Justi�a. Segundo o ministro, n�o h� como o Executivo interferir no assunto.
"Quem concede esse direito, exclusivamente e privativamente, � a Justi�a ... O governo n�o tem nenhuma inger�ncia nessa quest�o", afirmou Jungmann, em entrevista dada a jornalistas ap�s se reunir com secret�rios estaduais de seguran�a p�blica durante visita a uma feira de armamentos, equipamentos e dispositivos de seguran�a organizada na zona sul da capital paulista.
Jungmann negou que concordaria em flexibilizar regras de visitas ao ex-presidente, como chegou a relatar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. "Visitas ao presidente Lula s� quem pode autorizar � o juiz", disse o ministro, esclarecendo que deu aval apenas para que governadores, parlamentares e l�deres petistas possam ir � Pol�cia Federal. "Um im�vel p�blico n�o pode fechar as portas �s autoridades e aqueles que as representam. Agora, visita � com o juiz, n�o � conosco".
O ministro disse ainda que, por dever do cargo de chefe institucional da Pol�cia Federal, teve que manter contatos com representantes da Justi�a, da defesa de Lula, incluindo o ex-ministro da Justi�a Jos� Eduardo Cardozo, e do pr�prio governo nas negocia��es em torno da entrega do petista, que se instalou na sede do sindicato dos metal�rgicos do ABC, em S�o Bernardo do Campo, ap�s ter ordem de pris�o decretada pelo juiz Sergio Moro. Jungmann assinalou, por�m, que n�o teve durante as negocia��es contatos nem com Lula, nem com Moro.
(Eduardo Laguna)