
A den�ncia foi oferecida pelo ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot e acabou enterrada para Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha ap�s vota��o na C�mara Federal. Eles voltar�o a responder pela acusa��o ap�s o fim do mandato. Aos personagens do "quadrilh�o" que n�o t�m foro, como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, o processo continua tramitando na Justi�a Federal de Bras�lia.
O Minist�rio P�blico Federal em Bras�lia pediu o aditamento para incluir na den�ncia o doleiro L�cio Funaro, os amigos de Temer Jos� Yunes e Coronel Lima e os testas de ferro de Eduardo Cunha, Altair Pinto e Sidney Szabo. Eles s�o acusados por organiza��o criminosa.
A Procuradoria destaca o papel de Jos� Yunes no suposto recebimento de R$ 1 milh�o do doleiro L�cio Funaro em seu escrit�rio de advocacia, para a campanha emedebista de 2014. Ele admitiu, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, o recebimento de R$ 1 milh�o em seu escrit�rio, e disse ter sido "mula" de Padilha. O dinheiro teria como origem o departamento de propinas da Odebrecht, segundo afirmam delatores.
Para a procuradoria, "todos os elementos apontam, assim, para uma atua��o de Jos� Yunes no recebimento de propina, de forma dissimulada, como doa��es ao partido, ou mesmo via caixa 2, para posterior distribui��o aos demais membros da organiza��o criminosa". "Destaque-se sua estreita rela��o com o l�der da organiza��o criminosa, Michel Temer, como mencionado na den�ncia."
"Registre-se ainda que, apesar de exonerado desde 2016, (Yunes) mant�m contato direto com Michel Temer, com reuni�es sem registro em agenda oficial", afirmam procuradores.
J� a Coronel Lima, a procuradoria atribui o recebimento de R$ 1 milh�o da JBS em suposto benef�cio do presidente. "Seu papel na organiza��o criminosa era o de auxiliar os demais integrantes do n�cleo pol�tico na arrecada��o de propina, em especial seu l�der, Michel Temer."
"De acordo com os elementos apurados, Jo�o Baptista Lima Filho intermediou o recebimento de propina para organiza��o criminosa, em nome de Michel Temer. no valor de R$ 1 milh�o, paga pelo grupo J&F Investimentos", afirmam.
Defesa
O presidente se manifestou por meio de sua assessoria de imprensa: "Todas as atribui��es do coronel Jo�o Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e corre��o. Michel Temer foi presidente de partido pol�tico, obediente as leis e regras da legisla��o brasileira."
(Teo Cury e Luiz Vassallo)