Bras�lia, 11 - O pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 11, que as acusa��es de delatores da Odebrecht contra ele, em inqu�rito aberto pelo Minist�rio P�blico Federal, s�o de "natureza eleitoral" e "n�o tem nenhuma proced�ncia". A afirma��o foi feita ap�s almo�o entre Alckmin, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e deputados da bancado do PSDB, em Bras�lia.
Isso porque o MPF pediu ao vice-procurador da Rep�blica, Luciano Mariz Maia, que remeta "o mais r�pido poss�vel" para S�o Paulo o inqu�rito em que � investigado por ser benefici�rio de recursos n�o contabilizados para campanha eleitoral. O cunhado do tucano, Adhemar Cesar Ribeiro, tamb�m � alvo da investiga��o. O documento � subscrito por nove procuradores da Rep�blica da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato.
Segundo o jornal O Globo, no entanto, Mariz Maia discordou do entendimento do MPF e pediu hoje que o Superior Tribunal de Justi�a (STJ) remeta o inqu�rito de Alckmin � Justi�a Eleitoral. Alckmin n�o tinha conhecimento dessa decis�o. "N�o estou sabendo. A dela��o � de natureza eleitoral e sem nenhuma proced�ncia", complementou sem se estender sobre o assunto.
Mais cedo, quando o entendimento de Maia ainda n�o havia sido divulgado, o tucano usou suas redes sociais para criticar 'o a�odamento' com que o Minist�rio P�blico Federal pediu o envio, � primeira inst�ncia, do inqu�rito em que � citado. "A defesa de Geraldo Alckmin se surpreendeu com a not�cia do a�odamento de setores do Minist�rio P�blico Federal, j� que o processo est� tramitando normalmente e ser� remetido, em termo oportuno, para inst�ncia competente", escreveu o presidenci�vel do PSDB em seu perfil no Twitter.
O ex-governador � citado por delatores da Odebrecht como suposto benefici�rio de recursos para campanha eleitoral. Alckmin renunciou ao cargo na �ltima sexta-feira, 6, para disputar a indica��o de seu partido na corrida pela Presid�ncia. Dessa forma, ele perdeu o foro por prerrogativa de fun��o.
De acordo com os delatores da empreiteira, Alckmin teria usado Adhemar para o recebimento de R$ 10,5 milh�es do departamento de propinas da Odebrecht. As investiga��es sobre o tucano eram de compet�ncia do Superior Tribunal de Justi�a at� o �ltimo dia em que permaneceu no Pal�cio dos Bandeirantes.
(Renan Truffi)