S�o Paulo, 18 - O pr�-candidato � Presid�ncia pelo PSDB, Geraldo Alckmin, elogiou nesta quarta-feira, 18, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que pode se lan�ar na disputa presidencial pelo PSB. O tucano disse que admira a hist�ria do ex-ministro e, comentando a possibilidade de uma alian�a, afirmou que � preciso aguardar o partido de Barbosa.
"Como muitos brasileiros, tenho admira��o pelo Joaquim Barbosa, pela sua hist�ria de vida", afirmou o tucano, ap�s participar de um evento para investidores organizado pelo banco Santander na capital paulista. "Eu n�o posso falar pelo PSB, vamos aguardar o PSB." O presidenci�vel alegou que seria uma "indelicadeza" declarar a possibilidade de uma alian�a se o ex-ministro busca ser candidato.
Em cen�rios de pesquisa do Datafolha, divulgada no �ltimo domingo, o ex-ministro aparece � frente de Alckmin nas inten��es de voto. O presidenci�vel do PSDB afirmou que, na campanha, buscar� a parcela de eleitores que "poderiam votar" nele.
"Acho que n�s vamos crescer, e tamb�m n�o espero nada no curto prazo porque a campanha para valer vai ser a partir de julho, quando tem as conven��es e se sabe quem vai ser candidato e a aten��o do eleitor � maior", disse o tucano. Alckmin citou que tem de 6% a 8% nas pesquisas e que 28% dos eleitores "poderiam votar", n�o especificando sobre qual cen�rio se referia com essa �ltima porcentagem.
Reformas
Acompanhado do economista P�rsio Arida, escolhido para ser o coordenador do programa econ�mico de seu plano de governo, Alckmin defendeu as reformas previdenci�ria, tribut�ria e pol�tica j� no primeiro ano de governo. Ele disse ser necess�rio "recuperar a legitimidade do Estado brasileiro" e fazer um trabalho harm�nico com os demais poderes.
Para a reforma pol�tica, ele defendeu o voto distrital e disse que sugeriu ao Congresso que j� nesta elei��o fosse autorizado apenas o uso de um microfone e uma mesa no hor�rio eleitoral gratuito. Ao comentar que a sugest�o n�o foi acatada, o tucano disse que usar� a produ��o de imagens externas para o programa eleitoral. "O m�nimo poss�vel", destacou, prometendo fazer uma campanha barata e sem nenhuma irregularidade.
Alckmin falou para um p�blico composto por aproximadamente 600 investidores. Questionado se gostaria de ser "o candidato do mercado", o tucano afirmou que pretende "ser o candidato do povo brasileiro". Ele refor�ou a promessa de vincular o rendimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Servi�o) pela Taxa de Longo Prazo (TLP).
O ex-governador paulista afirmou ainda que o Pa�s "precisa de menos gladiadores e mais construtores", respondendo em seguida que n�o se referia a nenhum outro presidenci�vel, mas ao quadro pol�tico geral.
O pr�-candidato declarou que agora � "muito melhor candidato" do que foi em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, por estar mais preparado. Citando sua gest�o no governo de S�o Paulo, ele alegou que seu governo "nunca passou a m�o na cabe�a de ningu�m" em investiga��o de irregularidades.
No mesmo evento, em que j� discursaram outros pr�-candidatos, amanh� ser� a vez do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM), dar uma palestra para os investidores. J� participaram da programa��o Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB), Jo�o Amo�do (Novo) e Fl�vio Rocha (PRB), al�m de Alckmin.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) havia confirmado presen�a no evento, mas cancelou sua participa��o alegando desencontro de agenda, segundo a assessoria do Santander.
(Daniel Weterman)