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Estado de Minas

Su��a mant�m R$ 2,8 bilh�es da Lava-Jato

Os su��os criaram uma for�a-tarefa espec�fica para os inqu�ritos que derivam da opera��o no Brasil


postado em 20/04/2018 08:06 / atualizado em 20/04/2018 11:20

A Lava-Jato investiga um dos maiores escândalos de corrupção do país(foto: MARIVALDO OLIVEIRA/ ESTADÃO )
A Lava-Jato investiga um dos maiores esc�ndalos de corrup��o do pa�s (foto: MARIVALDO OLIVEIRA/ ESTAD�O )

Genebra, 20 - Tr�s anos depois de iniciar uma das maiores investiga��es de corrup��o no pa�s, o Minist�rio P�blico da Su��a revela que ainda mant�m bloqueados cerca de R$ 2,8 bilh�es relativos � Opera��o Lava Jato. Desde o acordo de leni�ncia da Odebrecht, em 2016, os su��os afirmam que receberam pedidos de coopera��o de diversos pa�ses onde empresas brasileiras atuaram, e que atendem hoje a mais de 50 solicita��es de troca de informa��es.

Os dados fazem parte do relat�rio anual do Escrit�rio do Procurador-Geral da Su��a, divulgado nesta sexta-feira, 20, que atualiza a dimens�o do caso e deixa claro que o processo de investiga��o e de repatria��o do dinheiro est� longe de terminar. No documento, o MP su��o aponta que, at� agora, destinou ao Brasil apenas 20% do valor congelado no �mbito da Lava Jato.

"Mais de 1 bilh�o de francos su��os (R$ 3,5 bilh�es) foram congelados no curso dessa s�rie de casos", apontou o �rg�o. "� de especial preocupa��o do Escrit�rio do Procurador-Geral que a Su��a repatrie ativos congelados a seus donos de direito. At� agora, mais de 200 milh�es de francos (R$ 700 milh�es) foram repatriados �s autoridades brasileiras em rela��o aos casos Petrobr�s/Odebrecht", afirma.

Os R$ 2,8 bilh�es ainda congelados se referem a contas de operadores, pol�ticos, empresas de diversos setores, doleiros e suspeitos identificados no Brasil, na Su��a ou em outros pa�ses onde empresas brasileiras possam ter atuado. O informe n�o d� detalhes sobre os donos das contas e nem qual seria a participa��o de empresas como Odebrecht nesse total. Depois de fechar seu acordo de leni�ncia com Brasil, Su��a e EUA, a construtora ainda foi obrigada a pagar 200 milh�es de francos aos su��os.

Ao destacar a cria��o de uma for�a-tarefa espec�fica para o caso, os su��os afirmam que os inqu�ritos que derivaram da Lava-Jato se transformaram num dos maiores casos da se��o de crimes de colarinho branco de seu Minist�rio P�blico. Para efeito de compara��o, o documento afirma que o valor congelado em ativos relacionados ao caso brasileiro superou os recursos bloqueados originalmente no processo que culminou na queda de Hosni Mubarak, no Egito - US$ 450 milh�es. Para a Tun�sia, outro Pa�s que viveu a Primavera �rabe, US$ 3,8 milh�es foram repatriados pelos su��os.

Ap�s o acordo de leni�ncia da Odebrecht, os su��os ampliaram o caso e hoje atendem dezenas de solicita��es de autoridades estrangeiras que acreditam terem sido lesadas pelas empresas implicadas na Lava Jato. Os n�meros oficiais do MP su��o indicam que ainda existem 45 processos criminais abertos relacionados � Lava Jato - quase 10% de todos os inqu�ritos criminais abertos hoje na Su��a.

"Atualmente, a for�a-tarefa est� processando e implementando mais de 50 pedidos de assist�ncia", indicou o documento. O jornal apurou que procuradores como os do Peru e Equador t�m trabalhado em processos que envolveriam dados presentes nos arquivos su��os.

Outro foco da for�a-tarefa su��a tem sido o de investigar intermedi�rios e operadores que tenham colaborado no Pa�s com o desvio dos mais de US$ 1 bilh�o. "A for�a-tarefa est� concentrada em pessoas e companhias envolvidas na Su��a", disse. Um deles � Bernardo Freyburghaus, operador que, a partir do Rio de Janeiro, seria um dos respons�veis pela abertura de contas de v�rios suspeitos na Lava Jato. Desde a eclos�o do caso, por�m, ele se mudou para a Su��a, onde tamb�m tem nacionalidade.

Em nota, a Odebrecht afirma que "est� colaborando com as autoridades no esclarecimento de todos os fatos" e reafirma seu compromisso "com a verdade e com uma atua��o �tica, �ntegra e transparente, no Brasil e em todos os pa�ses nos quais atua". Segundo a empresa, a efetividade da colabora��o da empresa foi reconhecida n�o apenas pelo Minist�rio P�blico Federal, mas por autoridades de outros pa�ses - Su��a, Equador, Rep�blica Dominicana, Panam�, Guatemala e Estados Unidos."


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