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Estado de Minas

Presentes de Alckmin est�o em por�o de museu

S�o 1.928 pe�as do acervo reunido na primeira passagem de Geraldo Alckmin pelo governo paulista. Material est� em Pindamonhangaba, cidade onde tucano nasceu


postado em 23/04/2018 08:18 / atualizado em 23/04/2018 09:11

O conjunto doado por Alckmin nunca foi totalmente exposto. O catálogo inicial das peças foi feito em 2005 pelo Palácio dos Bandeirantes, meses antes de Alckmin renunciar ao cargo para concorrer pela primeira vez à Presidência da República(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O conjunto doado por Alckmin nunca foi totalmente exposto. O cat�logo inicial das pe�as foi feito em 2005 pelo Pal�cio dos Bandeirantes, meses antes de Alckmin renunciar ao cargo para concorrer pela primeira vez � Presid�ncia da Rep�blica (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

S�o Paulo – As 1.928 pe�as do acervo reunido durante a primeira passagem de Geraldo Alckmin (PSDB) pelo governo paulista est�o encaixotadas em um por�o do museu hist�rico de Pindamonhangaba, cidade onde o tucano nasceu, no interior de S�o Paulo. Doados de maneira informal por Alckmin - n�o h� um documento que comprove como se deu essa transfer�ncia -, os objetos est�o fora do alcance do p�blico, que desde 2007 s� p�de conhecer parte das pe�as.

O acervo � formado principalmente por quadros e livros dados de presente ao tucano entre 2001 e 2006. Embora reconhe�a a import�ncia do material, o diretor municipal de Cultura, Alcemir Palma, diz que o museu n�o tem condi��es de mant�-lo em ambiente ventilado e com temperatura controlada. "Essa acomoda��o em que est� hoje n�o � a ideal, mas estamos em tratativas para decidir o que ser� feito para que o acervo possa ser melhor utilizado", afirmou.

A rigor, o conjunto doado por Alckmin nunca foi totalmente exposto. Segundo Palma, o cat�logo inicial das pe�as foi feito em 2005 pelo Pal�cio dos Bandeirantes, meses antes de Alckmin renunciar ao cargo para concorrer pela primeira vez � Presid�ncia da Rep�blica.

Uma parte foi levada para o museu no in�cio de 2007 e o restante at� o ano seguinte. O transporte foi feito num caminh�o do pr�prio governo, de acordo com a prefeitura de Pindamonhangaba. Em 2009, foi contratada uma empresa para fazer o levantamento, que vem sendo atualizado. "Precisamos da formaliza��o dessa doa��o, de um documento oficial, que ainda n�o temos. Da� vamos ter mais seguran�a para fazer uma nova gest�o desse acervo", diz.

A informalidade levou, em 2016, o diretor do Conselho Municipal do Patrim�nio Hist�rico, Gustavo T�taro, a entrar com representa��o no Minist�rio P�blico Estadual em Pindamonhangaba questionando a incorpora��o do acervo. "Geraldo Alckmin � um pol�tico vivo e n�o deveria ter sua imagem atrelada a um patrim�nio p�blico. H� um custo de zeladoria que onera o munic�pio", afirmou T�taro � reportagem. A Promotoria n�o viu raz�o para a abrir a��o.

De acordo com o atual diretor do museu, Jos� Caramez, o acervo de Alckmin n�o gera custo extra. "Os contratos de manuten��o e dedetiza��o levam em conta a estrutura toda. Al�m disso, os funcion�rios s�o os mesmos h� dez anos."

Nesse per�odo, algumas pe�as sumiram do museu, como o quadro "Paisagem Interiorana", de Helena Caiado, retratando a cidade de Pirapora do Bom Jesus, e o livro "Projeto Portinari", da PUC do Rio de Janeiro. Em contrapartida, foram encontradas 14 pe�as que n�o constavam do registro, como um orat�rio de S�o Francisco de Assis.

Na cidade, pouca gente conhece o material. "Moro quase em frente e frequento o museu direto, mas a gente n�o v� nada do Alckmin. J� teve exposi��o, mas faz muito tempo", disse o comerciante Edmar de Campos.

A assessoria do Pal�cio dos Bandeirantes afirmou que, em 2007, a dire��o do museu de Pindamonhangaba demonstrou interesse em receber o acervo em nome do interesse p�blico. "O governador concordou com a doa��o. O acervo ou parte dele � exposto de acordo com a programa��o do museu e, quando n�o, � mantido como reserva t�cnica, como � comum em qualquer museu".

O Pal�cio informou ainda que "o munic�pio de Pindamonhangaba est� em tratativas para a formaliza��o da doa��o, com a qual o governador concorda." Segundo o atual procurador-geral do Estado, Juan Carpenter, n�o h� uma regra ou lei espec�fica em S�o Paulo sobre o acervo de governadores. "Na pr�tica, o que foi doado para o governo fica no governo, o que � presente pessoal, como retratos e homenagens legislativas, � do governador."

Novo acervo


Com Alckmin de novo fora do Bandeirantes, um novo acervo est� dispon�vel. A reportagem teve acesso a uma parte das 706 pe�as que comp�em esse conjunto atual de presentes, como quadros, imagens de santos, porcelanas, pratarias e cristais.

De acordo com a assessora da curadoria do acervo art�stico do Estado, Karen Carvalho, 30 objetos foram selecionados para serem expostos nos pal�cios estaduais. Os demais ser�o doados para o fundo social, para serem leiloados. J� as homenagens pessoais, como retratos de Alckmin, foram levadas por ele e, caso haja interesse, podem seguir para Pindamonhangaba. As informa��es s�o do jornal


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