Boulos diz que espera renova��o pol�tica do Congresso e n�o apenas nominal

Rio, 08 - O pr�-candidato do PSOL � Presid�ncia, Guilherme Boulos, disse nesta ter�a-feira, 8, que espera uma renova��o profunda do Congresso Nacional. Segundo ele, essa renova��o n�o deve ser apenas nominal, mas tamb�m pol�tica e de projeto. � necess�rio desenvolver um modelo mais participativo, defendeu.

"Essa forma de governar est� falida. N�o � poss�vel governar apenas em cima de maiorias parlamentares. O voto n�o � um cheque em branco. O povo tem que ser ouvido e participar", disse Boulos, ap�s falar para a plateia de prefeitos da 73� reuni�o Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), realizada em Niter�i, na regi�o metropolitana do Rio.

De acordo com Boulos, o Pa�s vive uma crise de representa��o em todos os n�veis, com uma forte judicializa��o da pol�tica. "A desilus�o do povo com a pol�tica muitas vezes � justificada. O sistema construiu um abismo � participa��o popular", disse o pr�-candidato, que acrescentou que a democratiza��o do Estado brasileiro precisa passar pelo Judici�rio. "� muito dif�cil governar com procuradores, promotores, ju�zes que n�o foram eleitos pelo povo, mas que fazem pol�tica. Quando se trata de gest�o, (essa atribui��o) deve ser reservada ao eleito pelo povo", completou.

Na palestra para os prefeitos, Boulos percorreu os pontos da Carta de Niter�i, que ser� entregue aos candidatos e inclui temas de Educa��o, Sa�de, Seguran�a e Pacto Federativo. Ele defendeu a tentativa de aumento do IPTU do ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad. A iniciativa acabou judicializada e s� foi aprovada no �ltimo ano de Haddad na Prefeitura.

Para ele, que � l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a quest�o urbana reflete o desafio da desigualdade. "Desigualdade no Brasil tem territ�rio. Se desenvolve nas cidades, no espa�o urbano e se reproduz pela l�gica da especula��o imobili�ria. A pol�tica p�blica urbana n�o pode ser definida pelo setor imobili�rio", afirmou.

(Roberta Pennafort e Renata Batista)