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Estado de Minas

Lava Jato investiga propinas de R$ 200 milh�es a pol�ticos do MDB e PT


postado em 09/05/2018 07:36

S�o Paulo, 09 - Tr�s ex-executivos da Petrobras e tr�s operadores financeiros, um deles ligado ao MDB, foram presos nesta ter�a-feira, 9, na 51� fase da Opera��o Lava Jato, batizada de "D�j� Vu". A investiga��o aponta para um suposto pagamento de propina equivalente a R$ 200 milh�es entre 2010 e 2012 pela construtora Odebrecht a pol�ticos do MDB e do PT para obter um contrato com a Petrobras de US$ 825 milh�es.

Por ordem do juiz S�rgio Moro, da 13.� Vara Federal de Curitiba, foram cumpridos mandados no Rio de Janeiro, Esp�rito Santo e S�o Paulo contra alvos investigados por corrup��o, associa��o criminosa, fraudes em contrata��es p�blicas, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, entre outros delitos.

Os ex-executivos Alu�sio Teles Ferreira Filho, Ulisses Sobral e Rodrigo Pinaud, todos vinculados � Diretoria Internacional da Petrobras, al�m do operador �ngelo Lauria, foram alvos de pris�o preventiva. Outro operador, S�rgio Boccaleti, foi alvo de pris�o tempor�ria - que tem prazo de cinco dias.

O �nico mandado de pris�o n�o cumprido foi o de M�rio Miranda, operador ligado ao MDB, segundo os investigadores. Os procuradores do Minist�rio P�blico Federal haviam alertado que era "concreto o risco de fuga" dele, j� que ele tem resid�ncia em Portugal. Procurados, Odebrecht e a defesa de Ferreira Filho n�o se pronunciaram sobre o caso. J� o advogado Ant�nio Figueiredo Basto, que defende Miranda, afirmou que n�o comentaria a ordem de pris�o. A reportagem n�o localizou a defesa dos outros alvos da opera��o.

Delatores

O suposto pagamento de propinas relacionado ao contrato de U$ 825 milh�es entre a Odebrecht e a Petrobras, citada por delatores da construtora, � objeto de investiga��o pela Procuradoria-geral da Rep�blica. O ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial M�rcio Faria, por exemplo, descreveu uma reuni�o de executivos da empreiteira com pol�ticos do MDB, entre eles, o presidente Michel Temer e ainda o deputado cassado Eduardo Cunha (RJ).

Segundo o delator, no encontro, em 2010, teria sido acertada propina de R$ 40 milh�es ao partido. O valor era referente a 5% do contrato da Odebrecht com a estatal. A reuni�o, segundo ele, era para que Temer "aben�oasse" o compromisso.

Os recursos desviados, segundo os investigadores, seriam de US$ 24 milh�es pagos aos tr�s ex-executivos e de US$ 30 milh�es destinados ao MDB e ao PT, al�m de valores ainda n�o rastreados. A suspeita � de que Cunha e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) e o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto tenham recebido os valores em contas no exterior e em esp�cie no Brasil.

� �poca da divulga��o das dela��es da Odebrecht, o presidente Michel Temer afirmou em nota que "jamais tratou de valores" com Faria. "A narrativa divulgada n�o corresponde aos fatos e est� baseada em uma mentira absoluta", disse o Planalto. O advogado de M�rio Miranda, Ant�nio Figueiredo Basto, disse que n�o iria comentar. A reportagem n�o conseguiu contato com os demais citados at� a conclus�o desta edi��o. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Daniel Weterman)


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