Temer refor�a articula��o e busca PRB

Bras�lia, 09 - O presidente Michel Temer avisou a dirigentes do MDB que n�o disputar� a reelei��o e est� � procura de um candidato para aglutinar o chamado centro pol�tico na campanha. A primeira conversa mais concreta neste sentido ocorreu nesta ter�a-feira, 8, quando Temer se encontrou com o ex-ministro da Ind�stria e Com�rcio Exterior Marcos Pereira, presidente do PRB, destaca o jornal

O Estado de S. Paulo

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Temer j� havia assegurado que n�o tentar� novo mandato ao participar, no �ltimo s�bado, do lan�amento da pr�-candidatura do presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo paulista. Desde ent�o, intensificou as articula��es em busca de um concorrente.

Na manh� desta ter�a, por exemplo, quase ao mesmo tempo em que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciava a desist�ncia de disputar o Pal�cio do Planalto, Temer se reunia com o chefe do PRB para tratar do cen�rio eleitoral.

O pr�-candidato do partido � o empres�rio Fl�vio Rocha, dono das lojas Riachuelo. Com perfil liberal e ligado � Igreja Sara Nossa Terra, ele tamb�m tem mantido di�logo com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o senador Alvaro Dias (PR), do Podemos, ambos presidenci�veis.

Interlocutores de Temer dizem que as conversas com o PRB come�aram a avan�ar. Uma dobradinha entre o MDB e o pr�-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin - tendo o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como vice de uma chapa liderada pelo tucano - ainda � vista com ceticismo no Planalto.

Nos bastidores, dirigentes do MDB lembram que foi o ex-prefeito Jo�o Doria (PSDB) quem estimulou essa alian�a, na tentativa de tirar de Skaf a candidatura ao Pal�cio dos Bandeirantes. No arranjo proposto, Skaf concorreria ao Senado na chapa de Doria. O presidente da Fiesp, por�m, recusou a oferta. Meirelles, por sua vez, disse a Temer que n�o quer ser vice, muito menos de Alckmin.

Uma ala do PSDB prega a uni�o com o MDB por estar atr�s do seu maior dote: o tempo de TV na propaganda pol�tica. At� agora, no entanto, Alckmin resiste a defender o que no Planalto se chama de "legado" do presidente.

Equipe

O tucano comandar� nesta quarta-feira, 9, reuni�o da Executiva do PSDB, em Bras�lia, na qual ser� apresentada sua equipe de campanha. Ex-presidente do Banco Central, Persio Arida coordenar� o programa econ�mico.

Em conversas reservadas, emedebistas observam que Alckmin tem tudo para ser o Ulysses Guimar�es dessa elei��o. Trata-se de uma refer�ncia ao ex-presidente do ent�o PMDB que, na disputa de 1989, sem apoio de seu pr�prio partido, terminou em s�timo lugar, com menos de 5% dos votos. Nas �ltimas pesquisas de inten��o de voto, o tucano aparecia atr�s de Barbosa.

"Engana-se quem pensa que o quadro ficar� assim. O Geraldo vai crescer, n�o temos d�vida disso", afirmou o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Rachado, o PSB ainda n�o decidiu quem apoiar� na elei��o, embora o governador de S�o Paulo, M�rcio Fran�a, defenda o aval a Alckmin. "De qualquer forma, essa elei��o � diferente das outras e transferir votos ser� uma tarefa muito dif�cil", comentou Tripoli.

(Vera Rosa)