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Estado de Minas

Alian�a DEM-PSDB 'Est� terminando', afirma Maia


postado em 13/05/2018 13:36

Bras�lia, 13 - O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (RJ), principal l�der do DEM, afirmou que o casamento entre seu partido e o PSDB est� perto do fim. "Essa alian�a vem sendo muito desgastada nos �ltimos anos. Em 2010, a composi��o foi dif�cil e em 2014 deixaram o DEM fora da chapa majorit�ria. Tudo isso mostra que o ciclo est� terminando", disse. A parceria vem desde a primeira elei��o presidencial de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, quando o DEM ainda se chamava PFL e ocupou a vaga de vice. Foi quebrada, por�m, em 2002, ano em que o apoio se deu apenas no segundo turno. Pr�-candidato � Presid�ncia, Maia pregou um novo polo de poder, longe dos tucanos e do MDB. Apesar de ter apenas 1% das inten��es de voto, prometeu levar a campanha "at� o final" e negou que v� jogar a toalha para se aliar ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Desistir em nome de qu�? De uma derrota?", perguntou.

O MDB j� admitiu que pode n�o ter candidato � Presid�ncia. O senhor acha que a demora do presidente Michel Temer em anunciar sua decis�o prejudica?

Acho que n�o porque os objetivos s�o distintos. � leg�timo que o MDB tenha uma candidatura pr�pria, que olha para o passado, seja com o presidente Michel ou com o ex-ministro Meirelles. Alguns outros partidos, como o DEM, est�o querendo construir um projeto que olhe para o futuro.

O sr. n�o teme que essa fragmenta��o das candidaturas de centro leve � derrota nas urnas?

A esquerda est� dividida tamb�m. E por qu�? Porque � o fim de um ciclo. A sociedade ainda n�o enxergou ningu�m para comandar um novo ciclo. Mas uma alian�a n�o necessariamente gera sinergia. Em pol�tica, nem sempre um mais um � igual a dois. �s vezes, o eleitor de um n�o aceita o do outro e acaba que, al�m de n�o ganhar um lado, voc� perde o seu.

Na quarta-feira, o sr. teve uma conversa com Geraldo Alckmin. H� possibilidade de acordo, de resgatar a alian�a hist�rica entre o DEM e o PSDB?

Neste momento, n�o. Eu sempre conversei com o governador Geraldo Alckmin. � um pol�tico com o qual tenho �tima rela��o. Temos projetos distintos, mas isso n�o vai nos levar a um conflito. Vamos continuar dialogando e aquele que chegar no segundo turno apoia o outro. Essa alian�a (PSDB e DEM) vem sendo muito desgastada nos �ltimos anos. Em 2010, a composi��o foi dif�cil e em 2014 deixaram o DEM fora da chapa majorit�ria. Tudo isso mostra que o ciclo est� terminando. A maioria do partido entende que o PSDB sempre priorizou seus projetos, e n�o o coletivo. N�o � o meu caso, que cheguei � presid�ncia da C�mara com o apoio do PSDB.

Fala-se do ex-ministro Meirelles (MDB) para vice de Alckmin. O DEM n�o ficaria isolado?

Isolado? Isso � inven��o. � leg�timo que Michel possa construir com Fernando Henrique uma alian�a. Eles t�m uma rela��o hist�rica e s�o da mesma gera��o. Agora, n�o � dessa alian�a que queremos participar. O ciclo de 30 anos pode acabar nessa elei��o. H� um esgotamento. Est� na cara que a sociedade n�o aceita mais as pr�ticas, os m�todos e a forma de se fazer pol�tica atual. Ou a gente vai construir essa solu��o ou ela ser� dada por um extremismo que n�o � bom.

A Lava Jato atingiu quase todos os partidos, inclusive o DEM. Den�ncias de corrup��o v�o dominar a campanha?

A gente precisa discutir n�o apenas a puni��o, mas tamb�m as condi��es para ter um Estado no qual os sistemas de controle sejam mais r�gidos e n�o permitam mais o que vimos nas estatais.

Se vier uma terceira den�ncia contra o presidente Temer, como o sr. vai se posicionar?

N�o vou tratar de terceira den�ncia porque eu n�o tenho informa��o, n�o quero ter e acho que atrapalha. Gera mais instabilidade. � uma decis�o da Procuradoria-Geral da Rep�blica. Se vier, vamos pautar porque � nosso papel constitucional.

O sr. tem conversado com PP, PR, PRB, Podemos, para articular um bloco alternativo. Mas parte dessas siglas come�ou a flertar com Ciro Gomes (PDT). O DEM pode apoi�-lo?

N�o acredito em apoio a Ciro. Vamos levar minha candidatura at� o final.

A sa�da de Joaquim Barbosa da disputa favorece quem? O PSB est� dividido entre Ciro, Alckmin, PT e neutralidade...

Ningu�m est� conseguindo liderar campo nenhum nessa elei��o. � por isso que n�o unifica.

O sr. diz que ningu�m est� se destacando, mas Jair Bolsonaro (PSL) continua forte...

Bolsonaro � mais � direita. Nos valores, ele � extrema-direita; na economia, � centro-esquerda porque � nacionalista, vota uma agenda de interven��o na economia.

Mas � que o sr. ainda est� com 1% das inten��es de voto. O sr. n�o pode desistir em nome de...

(Ele interrompe) Em nome de qu�? De uma derrota?

Em nome de um candidato que pare�a mais...

Mas qual � o candidato? Se voc� me disser quem parece mais, eu respondo. O problema � que n�o tem. H� quem tenha alguma inten��o de voto por ter sido governador, mas limitado a uma rejei��o maior por ser mais conhecido. Com a crise, ningu�m est� olhando elei��o.

E quem ser� o vice na sua chapa? Todo mundo j� fala em vice...

Por que vou tratar disso agora? Voc�s s�o muito ansiosos. Quem est� falando de vice agora n�o est� falando a verdade.

Problemas na economia atrapalham a campanha dos aliados?

N�o sei. O problema � que voc� tem uma narrativa de um "ponto 10", onde est� o presidente Lula. A presidente Dilma entregou o governo com "ponto menos 8", de recess�o profunda. A economia, hoje, est� no "ponto 2". S� que, com o desgaste do presidente Temer, essa �poca (de Dilma) saiu da mem�ria do eleitor. Com toda a dificuldade, o PT ainda tem um ativo muito forte, que � o Lula. Sem ele, pode voltar a ser o partido com maior restri��o.

Carregar o presidente Temer na campanha � um fardo?

A quest�o n�o � carreg�-lo. Ele disse que ia fazer uma transi��o. Temos de construir uma candidatura que possa trabalhar pela concilia��o do Brasil. Desse projeto todos podem participar, inclusive a esquerda. O pr�ximo presidente, independentemente do campo que represente, precisar� ter a capacidade de, no dia seguinte � vit�ria, sentar e pactuar uma agenda m�nima, de recupera��o da economia e das condi��es para reduzir as desigualdades.

Qual seria essa agenda?

A reforma da Previd�ncia � fundamental e tamb�m a reforma do Estado, que ficou muito caro. Al�m disso, s�o necess�rias leis que garantam seguran�a jur�dica para que o Brasil volte a ter investimento privado.

� melhor suspender a interven��o na seguran�a do Rio para que se consiga votar propostas de emenda � Constitui��o?

Sou contra suspender a interven��o. Ela � necess�ria, mas foi feita sem planejamento. O mais importante � criar um modelo de integra��o entre as for�as de seguran�a para enfrentar o crime organizado. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Vera Rosa)


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