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Estado de Minas

Intelig�ncia Militar dos EUA espionou 'hex�gono' brasileiro


postado em 20/05/2018 07:24

S�o Paulo, 20 - Nos anos 80, a espionagem dos Estados Unidos estava interessada mesmo era em saber o que se fazia no secreto Instituto de Estudos Avan�ados, o IEAv, agregado ao ent�o Centro Tecnol�gico Aeroespacial (CTA), em S�o Jos� dos Campos.

Uma an�lise da Ag�ncia de Intelig�ncia da Defesa, uma esp�cie de CIA militar, vazada em 1983, trazia o t�tulo Frente ao Pent�gono, um Hex�gono e dizia que o plano brasileiro de construir armas nucleares passava pelas atividades desenvolvidas naquele pr�dio de seis faces.

O analista americano destacava a preocupa��o com a pesquisa para enriquecer ur�nio com o uso de lasers � um raro conhecimento, mais eficiente e r�pido na tarefa de separar o U-235 adequado � produ��o do combust�vel dos reatores geradores de energia ou de bombas at�micas.

O documento destacava peculiaridades das instala��es subterr�neas do IEAv e de um grande sal�o que abrigava o supercomputador Cray, �nico desse tipo na Am�rica Latina.

Havia, sim, o plano secreto, com atribui��es divididas entre os centros de investiga��o cient�fica da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica. Era considerado paralelo ao programa nuclear oficial, de 1975, resultado de um acordo entre os governos do Brasil e da Alemanha.

Em 1988, com a extin��o da estatal Nuclebr�s, por determina��o do ex-presidente Jos� Sarney, a empreitada do sigilo foi regularizada. A meta da constru��o de artefatos explosivos acabou sendo cancelada no mesmo ano.

Entretanto, a essa altura o Pa�s j� dominava toda a tecnologia do ciclo do ur�nio.

Mas n�o pela via do laser. O m�todo adotado na �poca e ainda hoje, emprega m�quinas de ultracentrifuga��o � que n�o foram citadas no documento.A coleta de informa��es n�o era praticada apenas pela CIA, mas tamb�m por outras ag�ncias americanas e eventualmente pelos ingleses.

A pauta dos curiosos envolvia as atividades de empresas como o grupo Engesa � Engenheiros Especializados S/A, por causa da sua grande desenvoltura nas a��es comerciais junto a pa�ses-clientes t�o diferentes quanto podiam ser naquele momento a L�bia, de Muamar Kadafi, o Iraque, de Saddam Hussein, ou o Chile, de Augusto Pinochet, al�m de uma constela��o de for�as da �frica e do Oriente M�dio.

O cat�logo de produtos � blindados Cascavel, com canh�o 90 mm, Urutu, e Jararaca, de reconhecimento armado; muni��es e propelentes � levava a defini��es do tipo, �tratam-se de bens militares baratos, confi�veis e de manuten��o simples�.

Espionagem

A rede de informantes americana atuou ainda na espionagem das atividades da empresa �rbita, uma parceira montada nos anos 1980 com a participa��o da Engesa e da Embraer. Al�m dos informantes, a CIA recebia informa��es da embaixada americana, que mantinha contatos com empres�rios brasileiros.

Vito Antonio de Grassi, ent�o presidente da �rbita � apontado no relat�rio de 20 de maio de 1988 como a fonte da informa��o de que a empresa ia produzir m�sseis terra-ar, ar-ar e antitanque para as For�as Armadas brasileiras. O vice-presidente da �rbita era o brigadeiro Hugo Piva, que depois chefiaria uma miss�o t�cnica brasileira que desenvolvia armas para Saddam Hussein.

O mesmo relat�rio informava que a Avibr�s estaria desenvolvendo um m�ssil t�tico terra-terra. A embaixada dos Estados Unidos n�o quis se manifestar sobre o caso, assim como a For�a A�rea Brasileira, a Embraer, a Avibr�s e Vito Antonio de Grassi. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

(Roberto Godoy, Marcelo Godoy e Luiz Raatz)


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