S�o Paulo, 30 - A procuradora da for�a-tarefa da Lava Jato de S�o Paulo Adriana Scordamaglia afirmou ver com "estranheza" o habeas corpus dado pelo ministro Gilmar Mendes ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, apontado com operador do PSDB, sua filha, Tatiana Arana de Souza, e Geraldo Casas Vilela, ex-diretor de Assentamentos da Dersa.
Os tr�s foram presos nesta quarta-feira, 30, por ordem da ju�za Maria Isabel do Prado, da 5.� Vara Criminal Federal de S�o Paulo, e soltos apenas 12 horas depois pelo ministro do STF. Eles s�o acusados de desvios de R$ 7,7 milh�es da Dersa em reassentamentos no �mbito das obras do Rodoanel Trecho Sul.
Scordamaglia reiterou ver risco �s testemunhas envolvidas no processo. "Na minha vis�o, sim, e com toda a certeza. O ministro Gilmar Mendes diz que s� testemunhas de defesa seriam ouvidas agora, e isso n�o � verdade. Ser�o ouvidas testemunhas arroladas pela acusa��o em breve."
Gilmar soltou o operador do PSDB, sua filha e Casas Vilela ainda quando transcorria a audi�ncia de cust�dia na Justi�a Federal em S�o Paulo. A procuradora relata que a rea��o dos r�us � not�cia sobre o habeas foi "obviamente de felicidade".
"� uma audi�ncia que todos que dela participaram e dela tomarem conhecimento v�o se lembrar pelo resto da vida, porque � uma audi�ncia sui generis a qual foi atropelada ao seu final com uma liberdade concedida pela �ltima inst�ncia havendo tamb�m supress�o das inst�ncias, j� que tem o tribunal e o STF � a �ltima inst�ncia que os r�us devem recorrer", afirmou.
"N�s s� cumprimos o nosso papel, n�o vamos esmorecer com decis�es como essa, porque queremos que a justi�a seja feita, � s� isso. E gostar�amos de poder trabalhar com nossos direitos assegurados e com a credibilidade daquilo que escrevemos", disse Adriana Scordamaglia.
(Luiz Vassallo e Julia Affonso)