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Estado de Minas

Presidenci�veis encaram '�nus' da greve dos caminhoneiros


postado em 31/05/2018 07:36

S�o Paulo, 31 - Onze dias ap�s o in�cio da greve dos caminhoneiros, nenhum dos pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica se beneficiou eleitoralmente da crise que parou o Pa�s, segundo analistas ouvidos pelo jornal

O Estado de S. Paulo

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Se j� nos primeiros dias da greve, Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Rodrigo Maia (DEM) tentaram capitalizar com a paralisa��o, o saldo final indica que os presidenci�veis, em maior ou menor grau, ficaram com o �nus do epis�dio.

Bolsonaro, por exemplo, teve de mudar o discurso em rela��o ao movimento. Na v�spera do in�cio dos bloqueios de estradas, antes mesmo de o governo Michel Temer demonstrar qualquer tipo de preocupa��o com os efeitos do desabastecimento, o parlamentar j� anunciava apoio aos caminhoneiros pelas redes sociais. Em 27 de maio, chegou a prometer, caso eleito presidente, revogar eventuais multas impostas a quem interditava rodovias pelo Pa�s.

Ap�s caminhoneiros - ou infiltrados, como classificou o governo federal - come�arem a pedir interven��o militar, o deputado recuou e apelou pelo fim da greve. "O Brasil quebrado n�o interessa a voc�s nem a n�s", afirmou em um v�deo direcionado aos caminhoneiros e publicado em suas redes sociais na Segunda.

"Bolsonaro pisou no freio e percebeu que apostar no 'quanto pior melhor' acabou, de certa maneira, influenciando dentro do pr�prio grupo de apoio dele, que s�o os militares", afirmou cientista pol�tico e professor da Universidade Mackenzie Rodrigo Prando.

Como solu��o para o problema, Ciro chegou a pedir a demiss�o do presidente da Petrobr�s, Pedro Parente. Marina criticou o aumento de pre�os praticados pela estatal. J� o ex-ministro da Fazenda do governo Temer Henrique Meirelles foi chamado ao Planalto no domingo, em plena greve. Convocado pelo presidente, que o lan�ou pr�-candidato do MDB � Presid�ncia, ele participou de uma reuni�o para tentar colaborar com a solu��o do problema. Sem �xito, Meirelles tentou se descolar da crise.

Para o cientista pol�tico da Funda��o Getulio Vargas de S�o Paulo Marco Antonio Teixeira as consequ�ncias da greve prejudicam qualquer candidatura do governo, como a de Meirelles. "Seja como presidente ou at� mesmo para vice-presidente, seria um risco desnecess�rio para outro partido ter um nome ligado ao governo na chapa", disse. Segundo ele, as declara��es de Ciro e Marina, que alertaram para os riscos da greve, fizeram com que eles sa�ssem "menos chamuscados".

Maia quis se antecipar na busca pela solu��o do problema. No terceiro dia de bloqueios, o presidente da C�mara pautou e votou em tempo recorde um projeto de lei que zerava a cobran�a de PIS-Cofins sobre o diesel at� o fim deste ano. Na pressa, errou nos c�lculos da ren�ncia fiscal (avaliou em R$ 3,5 bilh�es, mas o montante era de cerca de R$ 14 bilh�es). Depois da falha, reconhecida por ele, saiu de cena.

Na avalia��o do cientista pol�tico Jos� �lvaro Mois�s, a greve escancarou a falta de autoridade do governo e a aus�ncia de lideran�as pol�ticas capazes de resolver o problema. "E tamb�m revelou que o vencedor da elei��o de outubro vai receber um Pa�s em situa��o extremamente delicada e complexa", disse. Para Mois�s, nenhum dos presidenci�veis ganhou com essa crise. "Para mim, Bolsonaro e Ciro Gomes perderam. Os demais tiveram posi��o amb�gua."

Alckmin

Na ter�a-feira, 29, no s�timo dia da paralisa��o, Alckmin citou o "oportunismo de candidatos presos ou soltos que buscam se cacifar" com o movimento, sem citar diretamente o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato. "Em um momento de �nimos acirrados, Alckmin reafirma sua candidatura como op��o moderada de centro ao n�o entrar na discuss�o. Isso pode ser mais positivo do que negativo", disse Prando. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Adriana Ferraz e V�tor Marques)


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