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Estado de Minas

'PT vai utilizar as elei��es para fazer a defesa do Lula', diz Edinho Silva


postado em 04/06/2018 10:18 / atualizado em 04/06/2018 11:02

S�o Paulo - O PT precisa deixar mais claro internamente e para poss�veis aliados que vai usar as elei��es deste ano para fazer dois movimentos distintos e simult�neos. O primeiro e mais importante � a defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Lava-Jato. O segundo � eleitoral. A avalia��o � do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT). Abaixo, os principais trechos da entrevista do petista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo:

Qual a sua avalia��o sobre a t�tica do PT de manter a candidatura do ex-presidente at� o fim?

Penso que n�o h� outro caminho do que o PT usar, de forma pensada e dialogada internamente, com os aliados e com a sociedade, a campanha eleitoral como o momento �mpar de defesa do legado Lula, que � maior do que o pr�prio Lula. Isso n�o � um erro, mas tem que ficar muito claro para os aliados e a sociedade.

Est� havendo esse di�logo?


Estou muito afastado da dire��o, mas nas oportunidades que tive de di�logo vi que come�a a clarear a percep��o de que isso deve ser feito abertamente. Significa que o PT estar� abrindo m�o de ganhar as elei��es? N�o. Ganhar as elei��es � importante para a retomada de um projeto nacional, mas n�o pode ser omitido que o momento � especial para a defesa do legado do Lula. O PT n�o est� errado se escolher este caminho, mas isso n�o pode contaminar o movimento maior que o PT tem de participar, ter a capacidade de aglutinar for�as pol�ticas partid�rias e uma articula��o mais ampla do que os pr�prios partidos.

O PT deve priorizar a defesa de Lula no processo eleitoral?

N�o tenho nenhuma d�vida. Mas penso que este movimento tem de ser racional e debatido com a sociedade. O PT vai manter a candidatura do Lula porque � a �nica forma de fazer a defesa dele e do legado dele. Dizer 'olha, n�s vamos usar as elei��es para que este debate seja feito' n�o est� errado, mas tem de ser feito de forma muito clara: o PT quer ganhar as elei��es, mas quer usar as elei��es para fazer este debate. O que me preocupa? Temos que ser capazes de fazer um movimento maior do que o eleitoral, sem que uma coisa contamine a outra.

Este movimento atrapalha a rela��o com os aliados?

Tem contamina��es. V�rias turbul�ncias podem ser evitadas se isso for debatido de forma mais clara.

Por exemplo?

N�o h� porque ficarmos criando atritos com Ciro Gomes (pr�-candidato do PDT). � um personagem importante para este movimento mais amplo e, se n�s dialogarmos sobre qual o papel que o PT vai cumprir neste processo eleitoral, tenho certeza que ele vai compreender, assim como o Guilherme Boulos (PSOL) e a Manuela (D'�vila, do PCdoB). V�o entender que o PT vai utilizar as elei��es para fazer a defesa do Lula. N�o vai haver falsas pol�micas, falsos embates, se dissermos a eles que no momento certo estaremos juntos na disputa, mas queremos construir com eles algo mais amplo.

Essa estrat�gia n�o prejudica o PT?

O PT n�o pode ir para o isolamento. Por isso, entendo que precisamos construir um campo maior do que o processo eleitoral. Isso definitivamente nos tira do isolamento e deixa claro para a sociedade, para os governadores qual � o papel das elei��es para n�s neste momento. Deixar claro porque � t�o importante para o PT tratar como centro do debate a defesa do Lula. E que vamos tentar construir uma vit�ria eleitoral que, se n�o for nossa, seja de algum aliado.

O sr. considera certa a forma como o PT se relacionou com grandes doadores?

Penso que depois de quatro anos precisamos pensar na retomada da estabilidade pol�tica e nas reformas que precisam ser feitas, principalmente a eleitoral. O erro que o PT cometeu foi ter reproduzido o mesmo sistema eleitoral que todos os outros partidos. Fica estranho aos olhos da sociedade a subjetividade na interpreta��o da lei. Isso enfraquece o Judici�rio.

O sr. � alvo de processo criminal na Lava Jato. Teme essa "subjetividade"?

Tudo que sofri de acusa��o foi de quando ocupei o cargo de tesoureiro da campanha (de Dilma Rousseff em 2014). Nunca participei de reuni�o envolvendo a Petrobr�s. Ent�o, se a acusa��o contra o (Geraldo) Alckmin (PSDB) � eleitoral, a minha � muito mais. S� que a dele est� na Justi�a Eleitoral e a minha est� na Criminal.


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