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Estado de Minas

Procuradoria denuncia prefeitos de Mongagu� e Mau� por lavagem de dinheiro


postado em 13/06/2018 20:48

S�o Paulo, 13 - O Minist�rio P�blico Federal denunciou criminalmente os prefeitos de Mongagu�, Arthur Parada Pr�cida (PSDB), e de Mau�, �tila Jacomussi (PSB), por lavagem de dinheiro na Opera��o Prato Feito - investiga��o sobre desvios de recursos p�blicos federais em contratos da merenda escolar em pelo menos 30 munic�pios paulistas.

Pr�cida e Jacomussi foram presos em flagrante em maio na posse de fortunas em dinheiro vivo - na casa do tucano a Pol�cia Federal apreendeu R$ 4,61 milh�es e mais US$ 217 mil, tudo em dinheiro vivo. Na casa de Jacomussi, a PF encontrou R$ 87 mil em esp�cie, dos quais R$ 80 mil estavam escondidos na cozinha, dentro de uma panela.

Tamb�m foi denunciado o secret�rio de Governo e Transporte de Mau�, Jo�o Eduardo Gaspar, este flagrado com R$ 588.417,00, 2.985 euros e US$ 1.300.

A den�ncia foi levada ao Tribunal Regional Federal da 3� Regi�o (TRF-3), Corte que det�m compet�ncia para eventualmente processar prefeitos em casos de desvios de verbas p�blicas da Uni�o. A acusa��o � da Procuradoria Regional da Rep�blica da 3� Regi�o (PRR-3).

Pr�cida e Jacomussi tamb�m s�o alvo de inqu�ritos espec�ficos por fraude em licita��es e corrup��o.

A Procuradoria destaca que os prefeitos de Mongagu� e Mau�, al�m do secret�rio de Governo de Mau�, foram presos "ocultando grande quantidade de dinheiro em esp�cie em suas resid�ncias, durante a deflagra��o da opera��o Prato Feito, que investiga fraudes em processos licitat�rios para aquisi��o de merenda e material escolar em diversas cidades paulistas".

Grampos telef�nicos no curso da investiga��o "permitiram identificar v�rios n�cleos empresariais atuando paralelamente para fraudar procedimentos licitat�rios e gerar contratos superfaturados e, assim, desviar recursos p�blicos".

"H� fortes ind�cios da participa��o de agentes p�blicos nessas fraudes e no crime de corrup��o, sendo que ora alguns prefeitos mantinham contato direto com os suspeitos, ora servidores o faziam sob orienta��o desses chefes do executivo municipal", sustenta a Procuradoria.

"A contrapartida de muitas dessas condutas il�citas � o pagamento de vantagens indevidas, incluindo financiamento de campanha eleitoral."

As investiga��es apontam que um empres�rio, Carlos Zeli Carvalho, propriet�rio da Reverson Ferraz da Silva - ME, teria repassado recursos a Gaspar, "que agia como representante do prefeito de Mau�". A Reverson, em 2017, firmou contrato com a prefeitura de Mau� para fornecimento de uniforme escolar, no valor de R$ 8,34 milh�es.

Arthur Pr�cida, o prefeito de Mongagu�, tamb�m foi preso com fortuna escondida dentro de um guarda-roupas em sua resid�ncia. Ele afirmou que os valores se referiam a "alugu�is recebidos", mas depois mudou a vers�o, dizendo que eram "sobras de campanha eleitoral".

Segundo apontam as investiga��es da Prato Feito, o mesmo empres�rio que repassou dinheiro para o prefeito de Mau� transferiu valores para Pr�cida.

A Procuradoria destaca que em 2017, duas empresas de vestu�rio e com�rcio, representadas por Carlos Zeli Carvalho, mantiveram contratos com a prefeitura em valores acima de R$ 25 milh�es.

Defesas

A reportagem est� tentando contato com a defesa do prefeito de Mongagu�, Arthur Parada Pr�cida (PSDB), mas ainda n�o obteve retorno.

As defesas do prefeito de Mau�, �tila Jacomussi, e de Jo�o Eduardo Gaspar afirmaram que n�o tiveram acesso a den�ncia e que, em raz�o disso, n�o comentariam.

A reportagem n�o localizou o empres�rio Carlos Zeli Carvalho.

(Luiz Vassallo e Gabriel Wainer, especial para AE)


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