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Estado de Minas

Marun diz que aliados do governo ter�o de entregar os cargos se apoiarem Ciro


postado em 13/07/2018 13:12

Bras�lia, 13 - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta sexta-feira, 13, que os partidos da coaliz�o que apoiarem Ciro Gomes, pr�-candidato do PDT ao Pal�cio do Planalto, devem entregar os cargos na equipe do presidente Michel Temer.

O Centr�o, formado por PP, DEM, Solidariedade e PRB, avalia a possibilidade de se aliar a Ciro e anunciar� sua posi��o nos pr�ximos dias. Marun classificou a investida do pedetista sobre o bloco como "uma completa hipocrisia".

"Eu, sinceramente, espero que os partidos que apoiarem Ciro Gomes deixem o governo", afirmou o ministro. "N�o estou dizendo que ou apoiam o Meirelles (Henrique Meirelles, candidato do MDB) ou saem do governo. N�o � isso. Mas � que Ciro ofende. Pelo menos n�o queremos candidatos que surjam no palanque para dizer que reforma trabalhista foi um crime e todos fiquem com cara de paisagem. Ou ent�o vai ser a 'Escolinha do Professor Ciro' e ele vai dizer "voc�s fizeram isso errado". "Imaginem o bloco dos 'golpistas' puxado por Ciro Gomes e a turma toda l� dentro?", provocou.

O jornal

O Estado de S. Paulo

mostrou nesta quinta-feira, 12, que o Pal�cio do Planalto amea�a tirar cargos do PP se a sigla fechar com Ciro. Terceira bancada na C�mara, com 49 deputados, o PP � o maior partido do Centr�o e controla os Minist�rios da Sa�de, Cidades e Agricultura - com or�amentos que, juntos, somam R$ 153,5 bilh�es -, al�m de ter o comando da Caixa.

Marun afirmou que j� conversou com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), sobre o assunto, mas negou o "enquadramento". Estendeu tamb�m a amea�a da retirada dos cargos a outros partidos, como DEM, PRB e Solidariedade. O primeiro foco do ataque do ministro foi Ciro Gomes, que recentemente chamou Temer de "quadrilheiro" e "ladr�o".

Depois, por�m, disse que os aliados apoiadores do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, pr�-candidato do PT ao Planalto e preso da Lava Jato, tamb�m devem deixar o governo. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que concorre � reelei��o, � um dos parlamentares do MDB que d�o aval a Lula. "Renan jamais seria ministro desse governo", alfinetou Marun.

Articulador pol�tico do Planalto, o ministro disse que "h� uma completa hipocrisia" e "oportunismo" por parte de Ciro ao buscar aval de partidos aliados do governo, uma vez que o pr�-candidato do PDT foi contra os principais projetos da administra��o Temer, como as reformas da Previd�ncia, trabalhista e o teto de gastos.

"N�o cabe a alian�a entre partidos contr�rios ao impeachment, � reforma trabalhista e ao estabelecimento do teto de gastos p�blicos, pelo menos no primeiro turno. Agora, no segundo turno vai se buscar quem � menos pior", comentou Marun.

Para o ministro, os partidos que est�o no governo e aceitam compor com Ciro est�o "equivocados" e compactuam com a "hipocrisia" e o "oportunismo". Na pr�tica, o Centr�o, que se autodenomina 'Bloc�o', ainda n�o decidiu quem apoiar para a Presid�ncia. O grupo est� dividido e h� quem defenda aderir � campanha do pr�-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Marun, no entanto, concentrou suas cr�ticas em Ciro.

"Alckmin n�o � meu candidato. Eu prefiro Meirelles e acho que ele tem melhor condi��o. S� que Alckmin, mesmo que n�o tenha tido posi��es claras (em refer�ncia �s den�ncias contra Temer), � outro tipo de candidato", disse o ministro.

Lembrado que h� na lista de partidos aliados os que querem apoiar o pr�-candidato do PSL, Jair Bolsonaro (como o PR, que comanda o Minist�rio dos Transportes), Marun afirmou torcer para o deputado n�o vencer as elei��es. "Mas Bolsonaro votou a favor do impeachment (da ent�o presidente Dilma Rousseff) e pelo menos n�o nos chamou de golpista", insistiu.

Marun afirmou "torcer" para que as negocia��es pol�ticas "voltem � raz�o" e confirmou que Temer n�o participar� da campanha nem subir� nos palanques. O governo tem 79% de reprova��o, segundo recente pesquisa Ibope, em parceria com a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), e Temer � campe�o no quesito impopularidade.

Procurado, o presidente do DEM, ACM Neto, disse que n�o aceitar� enquadramentos do Planalto. "N�s n�o vamos nos submeter � press�o de ningu�m. A decis�o do partido ser� tomada com independ�ncia e observando os interesses partid�rios", afirmou ACM Neto, que tamb�m � prefeito de Salvador.

O DEM comanda o Minist�rio da Educa��o e, nos bastidores, dirigentes do partido afirmam que entregar�o a pasta se fecharem com o pr�-candidato do PDT. Ciro Nogueira, presidente do PP, n�o retornou �s liga��es da reportagem.

(Vera Rosa e Julia Lindner)


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