
Bras�lia – L�deres dos partidos do Centr�o fecharam acordo ontem para apoiar o pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin, nas elei��es de outubro. Depois de se reunir com o tucano em S�o Paulo, eles indicaram ao pr�-candicato que a alian�a ser� formalizada at� a pr�xima semana, ap�s conversas internas nas legendas para convencer defensores de uma coliga��o com o ex-ministro e ex-governador do Cear� Ciro Gomes (PDT). As c�pulas de DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade bateram o martelo, mas precisam aprovar no voto a alian�a com Alckmin. Isso dever� ocorrer nas respectivas conven��es nacionais de cada partido – o prazo para realiza��o vai at� 5 de agosto.
Em contrapartida ao apoio a Alckmin, que contou com a articula��o do senador A�cio Neves (PSDB-MG), o Centr�o cobrou a indica��o de Josu� Gomes (PR), empres�rio dono da Coteminas, como candidato a vice-presidente. Ontem, Alckmin disse ter “grande estima” pelo empres�rio e citou que era muito pr�ximo do pai dele, Jos� Alencar (morto em 2011), que foi vice-presidente no governo Lula (PT).
Um ponto que ainda precisa ser discutido s�o os palanques estaduais. Minas Gerais � o principal foco de aten��o, porque o DEM vinha acenando para o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que � pr�-candidato ao governo do estado. Com a alian�a entre Alckmin e o Centr�o, ao qual o DEM pertence, o apoio do partido deve ir para o senador tucano Antonio Anastasia, que tamb�m pretende disputar o governo de Minas.
Outro ponto costurado no acordo seria a recondu��o de Rodrigo Maia (DEM-RJ) � presid�ncia da C�mara, segundo l�deres do Centr�o. Alckmin, entretanto, disse, por meio de sua assessoria, que nada est� definido ainda e que os an�ncios ficar�o para a pr�xima semana. A campanha tucana adotou cautela especialmente em rela��o ao PR, comandado por Valdemar Costa Neto, e o PP. Existe possibilidade ainda de ades�o de partidos menores ao bloco, como PHS e Avante (antigo PTdoB).
Alckmin se encontrou em uma casa nos Jardins com o presidente do DEM, ACM Neto, Rodrigo Maia, os deputados Paulinho da For�a (SD-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Pereira (PRB), e Lu�s Tib� (Avante-MG) para costurar o acordo. Segundo fontes, ele se comprometeu tamb�m a estudar uma forma de compensar o fim do imposto sindical para garantir a sobreviv�ncia dos sindicatos.
Fontes avaliam que o que levou o Centr�o a Alckmin � o quadro de incertezas em torno da candidatura de Ciro Gomes, que, embora esteja acenando para a alian�a, n�o � considerado um aliado fiel. “Um belo dia, ele acorda da p� virada e nos ataca sem a menor cerim�nia, porque �ramos aliados do governo Michel Temer”, disse um deputado do PP.
Aliados de Geraldo Alckmin j� comemoram o acordo do tucano com o Centr�o. O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) publicou v�deo nas redes sociais afirmando estar “muito feliz” com a sinaliza��o dos partidos do bloco favor�vel ao presidenci�vel do PSDB. “Uma alegria muito grande comemorar um fato que parece agora muito encaminhado, a decis�o dos partidos de centro de se somarem � candidatura de Geraldo Alckmin”, afirmou o parlamentar.