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Estado de Minas

Cristiane vai � conven��o do PTB, evita contato com pai e reclama de restri��es


postado em 28/07/2018 14:24

Bras�lia, 28 - Considerada pela Pol�cia Federal "l�der" de uma organiza��o criminosa investigada pela concess�o fraudulenta de registros sindicais junto ao Minist�rio do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) participou neste s�bado, 28, da conven��o nacional de seu partido, que oficializou apoio ao PSDB, de Geraldo Alckmin, na corrida ao Planalto.

Cristiane � um dos alvos da Opera��o Esp�rio, da Pol�cia Federal, mas foi autorizada a participar do evento pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Como condi��o, o ministro, que na �ltima semana exerceu o cargo de presidente interino da Corte, limitou a presen�a da parlamentar ao per�odo compreendido entre o in�cio e o encerramento do evento e vedou conversas particulares e encontros reservados com outros investigados.

Antes de a conven��o come�ar no Hotel Nacional, em Bras�lia, Cristiane participou de caf� da manh� com seu pai, o presidente nacional do partido Roberto Jefferson, e Alckmin. Sentou-se longe do pai, que tamb�m � investigado na opera��o. Durante a conven��o, evitou ficar pr�xima a Jefferson. Ap�s o in�cio do evento, Cristiane deixou a primeira fileira de cadeiras, onde estava em evid�ncia, para sentar-se ao lado de integrantes do partido, pr�xima ao palco, atr�s de uma pilastra. Ali, acompanhou o discurso de seu pai e de Alckmin, sem chamar a aten��o.

Foi protagonista apenas quando pegou o microfone para bradar que "existe um novo dicion�rio de crimes que s�o inventados por promotores e ju�zes". Para ela, eles fazem "ativismo judicial" com o objetivo de influenciar no resultado das elei��es. "Acho lindo esse ativismo judicial, s� que � proibido, � contra a democracia e n�o favorece em nada o combate � corrup��o. Hoje em dia, existe um novo dicion�rio de crimes inventado por esses promotores, delegados e ju�zes, porque n�o existem no C�digo Penal", disse.

"� uma coisa que eu fico impressionada, ver aqueles santinhos, bonitinhos, atr�s de suas lindas cadeiras, gravando v�deos e tentando dizer que a gente s� pode votar em quem eles mandarem", completou a parlamentar.

Ao

Estad�o/Broadcast

, a deputada falou que n�o est� feliz com as restri��es impostas pelo Supremo, especialmente em ter de ficar longe do pai. "Eu fico triste e isso me causa problemas de ordem emocional. Eu fico sabendo de informa��es da sa�de dele por terceiros. Eu n�o posso ligar para saber como ele est�. Eu sei que �s vezes ele n�o est� bem, que passa mal. � uma coisa que transcende os limites da razoabilidade."

Na avalia��o de Cristiane, nem ela nem seu pai podem atrapalhar as investiga��es em curso. "O que tinha que ser investigado, de provas, ind�cios, o que a gente poderia atrapalhar uma poss�vel investiga��o j� foi. As pessoas que indiquei de fevereiro e abril j� sa�ram do Minist�rio", afirmou.

De acordo com a deputada, a restri��o a conversas com o pai e outros investigados no inqu�rito atrapalhou sua pr�-campanha � C�mara dos Deputados. "Me atrapalhou eu n�o acessar dirigentes do partido que t�m poder de decis�o que eu poderia e deveria estar conversando para saber as decis�es partid�rias nacionais. O Jovair, meu pr�prio pai. Isso me deixa preocupada. Como a vida vai me devolver esse tempo que n�o estou convivendo com a pessoa que mais amo, que n�o sei quanto tempo mais tem de vida, que passou pelo pior tipo de c�ncer que existe?"

� reportagem, a deputada disse ser contra o ativismo judicial, que v� no Pa�s, e contra o ativismo pol�tico, que considera existir no Minist�rio P�blico. "Estou achando um absurdo, por exemplo, figuras imponentes ali dentro do Minist�rio P�blico fazendo campanha na televis�o, nas redes sociais", afirmou.

Cristiane tamb�m rejeitou a acusa��o de agir no Minist�rio do Trabalho mesmo n�o estando no dia a dia da pasta. "Em hip�tese alguma, n�o existe essa possibilidade. Eu n�o estava l�. Eu n�o tinha indicado ningu�m para l�, eu n�o agia l�. N�o tem como. N�o apareci l�, nem ia l� direito. Existe vontade de vingan�a pelo fato de o PTB ter colocado uma pedra no caminho da perpetua��o do PT no poder. N�s fomos os relatores do impeachment da Dilma. O Jovair Arantes foi o relator. Meu pai foi o delator do esquema do mensal�o", afirmou.

A defesa de Cristiane ter� de apresentar em at� 72 horas um relat�rio descrevendo a "correla��o entre a sua participa��o na reuni�o partid�ria e o desempenho das fun��es parlamentares e das atividades pol�tico-partid�rias", por determina��o de Toffoli. Tamb�m ter� de declarar que durante a conven��o n�o manteve conversas particulares com os demais investigados no inqu�rito nem com servidores da pasta.

(Teo Cury e Julia Lindner)


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