Haddad: n�o alienaria a��es de uma empresa estrat�gica como a Embraer

S�o Paulo, 29 - O ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad, coordenador de programa de governo do Partido dos Trabalhadores (PT), criticou neste domingo, 29, a pol�tica econ�mica do governo de Michel Temer e ressaltou que o teto que limita a alta dos gastos p�blicos "amarra o desenvolvimento nacional". Ele criticou ainda a mudan�a das regras do pr�-sal e a opera��o de venda da Embraer, segundo ele, todas medidas sem discuss�o com a sociedade.

"No caso da Embraer, n�o estou dizendo que est� certo ou errado, n�o sou especialista. Eu a rigor n�o alienaria a��es de uma empresa estrat�gica como a Embraer", disse ele, ressaltando que os termos do acordo n�o s�o conhecidos. "A Embraer � um investimento de d�cadas dos brasileiros", disse durante sabatina no evento Conhecer - Elei��es Presidenciais, realizado neste domingo na Casa de Portugal, na capital paulista.

"Espero que eles n�o sejam bem sucedidos nos leil�es que est�o fazendo", disse o petista ao falar do pr�-sal. "Defendo que a quest�o do pr�-sal seja objeto de plebiscito."

Haddad disse durante o evento que o erro ap�s a reelei��o da presidente Dilma Rousseff foi que ela tomou uma "decis�o de pol�tica econ�mica equivocada". Haddad afirmou que houve naquele momento a escolha de "um ministro da Fazenda que expressava uma ruptura com o que tinha acontecido nos �ltimos anos", disse ele, se referindo a Joaquim Levy, mas sem mencionar seu nome. Haddad ressaltou que n�o tem nada contra ajustes, e o pr�prio PT teve que fazer um em 2013, mas o conduzido por Levy em 2015 foi "em dose de veneno".

Para Haddad, a oposi��o se valeu dessa decis�o de Dilma para aprovar uma "pauta bomba" que acabou fragilizando ainda mais a economia e o governo. "Foi um erro de escolha com uma sabotagem pol�tica que o Eduardo Cunha e A�cio Neves produziram", disse ele, falando do ent�o presidente da C�mara e do senador tucano.

"Temos que tentar construir uma agenda de Estado que independa do resultado eleitoral", disse ele. "Temos que ter compromisso primeiro com a democracia", disse ele, destacando que o governo de Michel Temer fez uma s�rie de mudan�as sem discutir com a sociedade.

Haddad tem nesta segunda-feira encontro com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Segundo o ex-prefeito, ele tem tido uma s�rie de reuni�es com o setor financeiro e deve ter reuni�o com a Febraban. "Tenho tido conversas com autoridades para me apropriar de dados da situa��o do Pa�s", afirmou a jornalistas.

Perguntado se uma candidatura de Luiz In�cio Lula da Silva teria aceita��o nos meios financeiros, Haddad respondeu que "n�o v� motivos para n�o ser aceita".

(Altamiro Silva Junior)