Carlos Siqueira rebate Lacerda e diz que a candidatura dele era de ''faz de conta''

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou com exclusividade ao Estado de Minas, que Marcio Lacerda lhe informou h� tr�s meses que pretendia desistir de sua candidatura ao governo e teria s� h� duas semanas mudado de ideia, quando passou a vislumbrar a possibilidade da coliga��o com o MDB.

Segundo Carlos Siqueira, a resolu��o do 14^o Congresso Nacional do PSB, ocorrido em mar�o, d� � dire��o nacional poder de aprovar ou n�o as coliga��es em cada estado. “S�o coliga��es que t�m de acontecer no campo da centro-esquerda. Em todas as elei��es esse procedimento se repete, inclusive, em 9 de julho enviei carta a todos os diret�rios solicitando que encaminhassem as coliga��es em curso para an�lise da nacional e aprova��o”, disse, explicando que essa conduta visa manter a legenda coerente com a ideologia partid�ria

“Marcio Lacerda ligou para mim h� cerca de tr�s meses dizendo que tinha urg�ncia em conversar porque, ap�s estudar a situa��o fiscal do estado, teria chegado � conclus�o de que seriam quatro anos de medidas impopulares sem contudo, conseguir resolver o problema fiscal do estado.

Lacerda me relatou todas as dificuldades e problemas econ�micos de Minas e atribuiu a responsabilidade aos governos anteriores”, afirmou Carlos Siqueira. Segundo o presidente nacional do PSB, teria sido a seu pedido que Lacerda teria aceitado n�o anunciar a sua desist�ncia naquele para n�o prejudicar o partido, j� que atravessavam o prazo final para receber novas filia��es.

“Eu disse a Lacerda: estamos no final do prazo de filia��o, voc� vai prejudicar o partido, voc� portanto, guarde isso, as pessoas est�o se filiando, e por outro lado, voc� foi prefeito de Belo Horizonte, n�o pode tomar essa atitude desse jeito. Lacerda ficou convencido de que n�o deveria anunciar a desist�ncia naquele momento, mas combinamos que a candidatura ficaria em aberto, que n�o seria candidato ao governo, mas decidiria mais tarde se seria ao Senado ou n�o seria a nada”, disse Carlos Siqueira. “Eu guardei esse segredo.

Depois surgiu a hist�ria da candidatura do Lacerda a vice-presidente da Rep�blica, na chapa de Ciro Gomes. A certa altura, disse pra ele: voc� tem de decidir, sen�o ningu�m acredita em sua candidatura ao governo de Minas. Eu sei que n�o � para valer, mas os outros n�o”, conta Carlos Siqueira, dizendo-se espantando com o fato de que Lacerda teria continuado a conversar com os partidos apesar de n�o ter inten��o de disputar.

Segundo Carlos Siqueira, nesse �nterim, havia negocia��es em curso com o PT. “N�s t�nhamos negocia��o com o PT e estava certo de que Marcio Lacerda n�o seria candidato. Ontem, quando conversei com Lacerda, relembrei-lhe isso: essa negocia��o se confirmou e fui comunic�-la a ele”, revela Carlos Siqueira.

Segundo ele, Lacerda teria mudado de ideia em rela��o � sua candidatura ao governo de Minas h� duas semanas, quando se delineou a possibilidade de fechar coliga��o com o MDB. “S� que as negocia��es com o PT estavam avan�adas e como eu sabia que a candidatura dele era de faz de conta, aceitei n�o termos candidato ao governo em Minas”, assinala Carlos Siqueira, deixando claro que o acordo nacional entre o PSB e o PT prev� a neutralidade na disputa para presidente da Rep�blica, a retirada da candidatura da vereadora de Recife Mar�lia Arraes (PT) ao governo de Pernambuco e a retirada da candidatura de Marcio Lacerda (PSB) em Minas. “Mas n�o houve determina��o para que a o PSB se coligue ao PT em Minas. Foi pedido do Lacerda que dissesse isso para facilitar a retirada de sua candidatura”, disse Carlos Siqueira.