Investiga��o do Minist�rio P�blico do Estado do Rio revela que a mulher do ex-governador S�rgio Cabral, Adriana Ancelmo, teve diversas regalias enquanto esteve presa no Complexo Penitenci�rio de Gericin�, entre os meses de dezembro de 2016 e mar�o de 2017. Entre os privil�gios concedidos a Adriana Ancelmo est�o o recebimento de ceias de Natal e de Ano Novo. A a��o do MP pede o afastamento de RiTa de C�ssia Alves Antunes, diretora da cadeia p�blica Joaquim Ferreira de Souza, por improbidade administrativa.
De acordo com a a��o, um emiss�rio de S�rgio Cabral foi ao Complexo Penitenci�rio de Gericin� no dia 25 de dezembro com uma ceia de Natal para Adriana, o que � proibido pelas regras da penitenci�ria. Ap�s ser barrado por agentes penitenci�rios, o emiss�rio teve sua entrada autorizada por um subcoordenador da unidade "por ordem do 01", uma refer�ncia ao ent�o secret�rio de administra��o penitenci�ria Erir Ribeiro. Na ocasi�o, segundo o depoimento de uma agente penitenci�ria, Rita de C�ssia teria confirmado que a ordem partira do secret�rio.
No dia 31 de dezembro do mesmo ano, mais um emiss�rio do ex-governador foi enviado � penitenci�ria, dessa vez com uma cesta de r�veillon. Como, novamente, o acesso foi negado, a pr�pria Rita de C�ssia, que estava de folga, compareceu � unidade prisional para receber a ceia e entrega-la pessoalmente � ex-primeira-dama. A a��o revela ainda que na noite do r�veillon, as presas de n�vel superior foram autorizadas a manter as celas abertas, enquanto as demais detentas foram mantidas trancadas.
O MP sustenta que a ap�s a chegada de Adriana Ancelmo, toda a rotina da unidade foi alterada. As regras de disciplina teriam sido adaptadas para a ex-primeira-dama, que n�o era obrigada a levantar da cama durante inspe��es de rotina, n�o podia ser revistada ap�s as visitas e sequer podia ser chamada de "presa" como as demais detentas. Uma agente penitenci�ria que tentou manter a igualdade de tratamento para todas as presas acabou sendo transferida pela diretora para outra unidade.
A a��o � um desdobramento do Inqu�rito Civil P�blico, instaurado em mar�o do ano passado, que apura regalias e privil�gios no sistema penitenci�rio fluminense aos presos da Opera��o Lava Jato.
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